domingo, 2 de abril de 2023
ARMAS 1
sexta-feira, 31 de março de 2023
Direito Humanos nos EUA
Relatório sobre os direito humanos nos EUA
É uma leitura muito instrutiva já que os EUA são mestres em apontar os defeitos dos outros países no que se refere aos direitos humanos. Esta em inglês, mas basta usar o tradutor do google.
Leia a íntegra AQUI
Mundo multipolar
O mundo já é multipolar
Por: Isaias Almeida
Já
temos um mundo multipolar, isso porque não existe mais um único polo de
desenvolvimento no mundo.
Os
EUA seguem sendo uma grande potência, a maior do mundo em termos militares, mas
seu domínio ancorado nas armas e no dólar está sendo questionado.
O
pressuposto da unipolaridade seria a existência de uma única potência com poder
de subjugar os demais países do mundo, Isso já não é verdade.
Primeiro
porque existem outros países capazes de enfrentar o mundo norte americano.
A
china faz esse desafio no plano econômico. Não há uma política de beligerância
por parte da China, em nenhum momento a China se mostrou imperialista. Seja nos
pronunciamentos de suas lideranças, seja nos planos econômicos, seja nas
relações exteriores com as nações com quem negocia. Então, “A China como uma ameaça”
é uma criação dos EUA vendida pelos norte-americanos para a Europa e, desde
muito tempo, tentativa de vender para o resto do mundo.
Segundo
a existência de uma Rússia forte, independente, soberana.
Após
a farra dos Havard boys com o bêbado do Boris Yeltsin, a Rússia foi reduzida a
quase nada, a ponto de líderes dos Estados Unidos compara-la a um grande posto
de gasolina e nada mais. Mas, eis que a Rússia foi capaz de ressurgir, aparecer
no cenário mundial como gente grande, soberana e independente.
O
fato é que tanto China quanto a Rússia, muito mais a China, são países capazes
de sobreviver sem ajuda norte americana. Esse fato é evidenciado na capacidade
de se defender, na capacidade de tocar sua economia de forma autônoma, na capacidade
de garantir sua segurança alimentar.
Lá
nos anos 90, pós queda da União Soviética, não estava no horizonte próximo dos estados
unidences, a perspectiva de que China, Rússia e outras nações como indonésia,
Irã, Paquistão, Bolívia, México fosse capaz de se autonomizar ao ponto de
desafiar em alguma medida seja qual fosse a medida o domínio americano.
No
entanto, ao menos economicamente esses países ou se desenvolveram a tal ponto
ou estabeleceram relações com a Rússia e a China de tal forma, que passaram a
dizer não, sempre que oportuno e preciso, aos EUA.
Dois
fatos recentes bastante espantosos foram a recusa da Arábia Saudita e da Rússia,
no âmbito da OPEP terem se recusado a aumentar a produção de petróleo, apesar
de um pedido ruidoso, explicito, aberto do governo dos Estados Unidos. Biden voou
para Riad com esse propósito e, voltou de mãos vazias. Diversos países efetivamente
estão realizando transações de grande vulto, estratégicas, em outras moedas que
não o dólar, com destaque para o yuan chinês. Esses fatos não estavam no radar
da RAND Corporation, ou do Washington Institute , ou do Houston Council.
Mas
o mundo andou. A China venceu a corrida da globalização, se agigantou nesse
processo e começou a estabelecer relações externas propondo não a submissão econômica
ou a intromissão política nos negócios de seus parceiros comerciais, mas
relações de fato bilaterais, sem precondições, sem interferências, em boa parte
baseadas na ideia do ganha a ganha, benefícios mútuos, rompendo com o padrão americano
de pressão econômica ou militar ou ambas.
Esse
comportamento chinês é que constitui a tal “ameaça chinesa” na percepção dos
Estados Unidos.
Esse
cenário atual criou e vem consolidando dia a dia o mundo multipolar. Mesmo que
não se queira admitir o fato que existe uma multipolaridade não consolidada é
verdade, mas ao mesmo tempo irreversível. O mundo não voltara a ser unipolar
apesar da reação americana.
De
fato, há um esforço americano nesse sentido. O governo americano, aproveitando
a SMO russo na Ucrânia, acelerou a decadência/dependência europeia de forma
espantosa, explodindo os gasodutos que garantiam gás e petróleo russo barato
para a Europa. Com isso a Alemanha, maior economia europeia, foi nocauteada, a
essa altura, de forma quase irreversível, se submetendo completamente aos
interesses dos EUA. A Inglaterra, de a muito não tem autonomia alguma em política
externa, dança conforme a música de Washington.
A
retirada humilhante do Afeganistão fez parte de uma estratégia de focar em dois
pontos centrais, o cerco à Rússia com a expansão da OTAN, e a obsessão em frear
o crescimento da China.
O
plano Americano contava a possibilidade de a Rússia assistir passivamente a expansão
da OTAN, afinal já tinha tolerado muito. A possibilidade de incorporar a Ucrânia,
alimentava a possibilidade de fazê-lo sem uma reação de Moscou que deveria se
dar por satisfeita com a incorporação da Crimeia. Faltou combinar com os
russos.
A
reação da Rússia virou um problemão na medida em que já estava em andamento um
endurecimento com a China, tanto é que ainda é motivo de discussão em
Washington se eles podem arcar com duas frentes simultâneas, embora as forças
que defendem que sim esteja no comando atualmente.
Seja
como for, a guerra na Ucrânia, atrapalha a estratégia de cercar a China na
medida em que, como qualquer guerra exige muito em energias, recursos, gastos
enquanto a China plana tranquilamente reforçando seu caixa, expandindo suas
relações externas, influenciando economicamente várias regiões, sem as pressões
de um conflito armado. A corrida da China para ultrapassar os EUA vai de vento
em popa. É muito duvidoso que as sanções, no patamar atual, sejam suficientes
para parar ou desacelerar a China.
Claro,
existem as movimentações americanas no Pacifico com objetivo de cercar
militarmente a China, mas duvido da capacidade de tais movimentações frear o
desenvolvimento chinês. Segundo alguns analistas existem 43 itens que definem a
liderança tecnológica de um país, os chineses dominam 37 desses itens, sendo o domínio
dos semicondutores uma espécie de fronteira final nessa corrida.
O
mundo multipolar está aí, confuso, ainda não definido, sem contornos nítidos,
mas está aí.
Isaias Almeida
Professor aposentado
pós graduado em Historia do Brasil
domingo, 26 de março de 2023
EUA retomam roubo de petróleo na Síria
EUA retomam roubo de petróleo sírio horas após ataque impiedoso a bases de ocupação
Por: News Desk
Em 25 de março, o exército dos EUA contrabandeou
pelo menos 80 caminhões-tanque carregados com centenas de toneladas de petróleo
sírio roubado da região de Jazira, rica em recursos do país, para suas bases no
Iraque.
Os caminhões-tanque foram retirados da Síria como parte de um comboio de 148 veículos que cruzou a fronteira ilegal de Al-Walid na madrugada de sábado, segundo fontes locais que falaram com a SANA .
Outros veículos no comboio dos EUA incluíam caminhões refrigerados e veículos blindados, disseram as fontes.
A mais recente operação de roubo de petróleo de
Washington ocorreu poucas horas depois que suas bases de ocupação nos campos
petrolíferos de Conoco e Al-Omar, no nordeste da Síria, foram atingidas por
ataques de mísseis e drones em retaliação a um ataque aéreo dos EUA na
sexta-feira na província de Deir Ezzor, que deixou vários sírios mortos.
De acordo com fontes de campo que falaram com Al Mayadeen, a base de ocupação no campo Conoco foi atingida por mais de 15 mísseis. Falando com a TV Al Jazeera, uma autoridade dos EUA disse que uma das bases foi atingida por “oito foguetes”.
A mídia americana citou o Pentágono dizendo que os ataques deixaram várias vítimas. No entanto, não foram fornecidos mais detalhes.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ousado ataque, que marcou a terceira operação armada bem-sucedida contra as tropas americanas na Síria em 24 horas.
Comentando os ataques aéreos de sexta-feira - lançados da Base Aérea de Al-Udeid no Catar - o presidente dos EUA, Joe Biden, disse que seu país está preparado para "agir com força para proteger nosso povo", acrescentando que os EUA "não buscam conflito com o Irã".
A operação de roubo de petróleo de sábado marcou a terceira vez que as tropas americanas saquearam os recursos da Síria desde que o país foi atingido por um terremoto devastador em 6 de fevereiro.
Washington mantém aproximadamente 900 soldados na Síria, divididos principalmente entre a base de Al-Tanf e a região nordeste do país. Sua ocupação é ilegal sob a lei internacional, pois foi realizada sem a aprovação do governo.
Embora as tropas dos EUA – acompanhadas por
combatentes das Forças Democráticas da Síria (SDF) – ocupassem inicialmente
grandes áreas da Síria sob o pretexto de combater o ISIS, a justificativa
oficial para a ocupação mudou quando o ISIS foi amplamente derrotado.
Em comentários infames feitos em 2019, o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, disse: “Estamos mantendo o petróleo [da Síria]. Nós temos o óleo. O óleo é seguro. Deixamos as tropas para trás apenas pelo petróleo. ”
De acordo com uma investigação do The Cradle, dezenas de navios-tanque passam por travessias ilegais entre o Iraque e a Síria todas as semanas em comboios acompanhados por aviões de guerra ou helicópteros dos EUA.
Pastores da região corroboram essas afirmações, dizendo que o petróleo sírio é transportado para o local militar de Al-Harir em Erbil, capital da Região do Curdistão Iraquiano (IKR), região conhecida como “hub” para agências de espionagem ocidentais e israelenses.
Em agosto do ano passado, o Ministério das Relações
Exteriores da Síria afirmou que as perdas sofridas pelo setor de petróleo e gás
do país como resultado das ações dos EUA totalizaram US$ 107 bilhões desde o
início da crise síria em 2011.
sexta-feira, 24 de março de 2023
Rumo ao mundo multipolar
"Esta semana, em Moscou, os
líderes chinês e russo revelaram seu compromisso conjunto de redesenhar a ordem
global, um empreendimento que 'não era visto há 100 anos'.
Por Pepe Escobar
O que acaba de acontecer em Moscou é nada menos que
uma nova Yalta, que, aliás, fica na Crimeia. Mas, ao contrário do importante
encontro do presidente dos Estados Unidos Franklin Roosevelt, do líder
soviético Joseph Stalin e do primeiro-ministro britânico Winston Churchill na
Crimeia administrada pela URSS em 1945, esta é a primeira vez em possivelmente
cinco séculos que nenhum líder político do ocidente está definindo o cenário
global.
São o presidente chinês, Xi Jinping, e o presidente
russo, Vladimir Putin, que agora comandam o show multilateral e multipolar. Os
excepcionalistas ocidentais podem implantar suas rotinas de bebê chorão o
quanto quiserem: nada mudará a ótica espetacular e a substância subjacente
desta ordem mundial em desenvolvimento, especialmente para o Sul Global.
O que Xi e Putin pretendem fazer foi explicado em
detalhes antes de sua cúpula, em dois artigos de opinião escritos pelos
próprios presidentes. Como um balé russo altamente sincronizado, a visão de
Putin foi apresentada no People's Daily na China, com foco em uma
"parceria voltada para o futuro", enquanto a de Xi foi publicada no
Russian Gazette e no site da RIA Novosti, com foco em um novo capítulo na
cooperação e desenvolvimento comum.
Desde o início da cúpula, os discursos de Xi e
Putin levaram a multidão da OTAN a um frenesi histérico de raiva e inveja: a
porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova,
captou perfeitamente o clima quando observou que o Ocidente estava “espumando
pela boca. ”
A primeira página do Russian Gazette na
segunda-feira foi icônica: Putin visitando Mariupol livre de nazistas,
conversando com os residentes, lado a lado com o Op-Ed de Xi. Essa foi, em
poucas palavras, a resposta concisa de Moscou ao golpe do MQ-9 Reaper de
Washington e às travessuras do tribunal canguru do Tribunal Penal Internacional
(ICC). “Espuma na boca” o quanto quiser; A OTAN está sendo completamente
humilhada na Ucrânia.
Durante sua primeira reunião “informal”, Xi e Putin
conversaram por nada menos que quatro horas e meia. No final, Putin acompanhou
pessoalmente Xi até sua limusine. Essa conversa foi real: mapear os lineamentos
da multipolaridade – que começa com uma solução para a Ucrânia.
Previsivelmente, houve muito poucos vazamentos dos
sherpas, mas houve um bastante significativo em seu “intercâmbio aprofundado”
sobre a Ucrânia. Putin enfatizou educadamente que respeita a posição da China –
expressa no plano de resolução de conflitos de 12 pontos de Pequim, que foi
completamente rejeitado por Washington. Mas a posição russa permanece rígida:
desmilitarização, neutralidade ucraniana e consagração dos novos fatos no
terreno.
Paralelamente, o Ministério das Relações Exteriores
da Rússia descartou completamente o papel dos EUA, Reino Unido, França e
Alemanha nas futuras negociações com a Ucrânia: eles não são considerados
mediadores neutros.
Uma colcha de retalhos multipolar
O dia seguinte foi todo sobre negócios: tudo, desde
energia e cooperação “técnico-militar” até a melhoria da eficácia dos
corredores comerciais e econômicos que atravessam a Eurásia.
A Rússia já ocupa o primeiro lugar como fornecedor
de gás natural para a China – superando o Turcomenistão e o Catar – a maior
parte por meio do gasoduto Power of Siberia de 3.000 km que vai da Sibéria à
província de Heilongjiang, no nordeste da China, lançado em dezembro de 2019.
Negociações sobre o Power of Siberia II gasoduto via Mongólia está avançando
rapidamente.
A cooperação sino-russa em alta tecnologia vai
explodir: 79 projetos em mais de US$ 165 bilhões. Tudo, desde gás natural
liquefeito (GNL) até construção de aeronaves, construção de
máquinas-ferramenta, pesquisa espacial, agroindústria e corredores econômicos atualizados.
O presidente chinês disse explicitamente que deseja
vincular os projetos da Nova Rota da Seda à União Econômica da Eurásia (EAEU).
Esta interpolação BRI-EAEU é uma evolução natural. A China já assinou um acordo
de cooperação econômica com a EAEU. As ideias do superestrategista
macroeconômico russo Sergey Glazyev estão finalmente dando frutos.
E por último, mas não menos importante, haverá um
novo impulso para acordos mútuos em moedas nacionais – e entre a Ásia e a
África e a América Latina. Para todos os efeitos práticos, Putin endossou o
papel do yuan chinês como a nova moeda comercial de escolha enquanto as
complexas discussões sobre uma nova moeda de reserva lastreada em ouro e/ou
commodities continuam.
Essa ofensiva econômica/empresarial conjunta se relaciona
com a ofensiva diplomática concertada Rússia-China para refazer vastas áreas da
Ásia Ocidental e da África.
A diplomacia chinesa funciona como a matryoshka
(bonecas russas empilháveis) em termos de transmissão de mensagens
sutis. Não é coincidência que a viagem de Xi a Moscou coincida exatamente com o
20º aniversário do 'Choque e Pavor' americano e da invasão, ocupação e
destruição ilegais do Iraque.
Paralelamente, mais de 40 delegações da África
chegaram a Moscou um dia antes de Xi para participar de uma conferência
parlamentar “Rússia-África no Mundo Multipolar” – uma preparação para a segunda
cúpula Rússia-África em julho próximo.
A área ao redor da Duma parecia exatamente com os
velhos tempos do Movimento Não-Alinhado (NAM), quando a maior parte da África
mantinha relações anti-imperialistas muito próximas com a URSS.
Putin escolheu este exato momento para amortizar
mais de US$ 20 bilhões em dívidas africanas.
Na Ásia Ocidental, Rússia-China estão agindo em
total sincronia. Ásia Ocidental. A reaproximação saudita-iraniana foi realmente
impulsionada pela Rússia em Bagdá e Omã: foram essas negociações que levaram à
assinatura do acordo em Pequim. Moscou também está coordenando as discussões de
reaproximação Síria-Turquia. A diplomacia russa com o Irã – agora sob o status
de parceria estratégica – é mantida em um caminho separado.
Fontes diplomáticas confirmam que a inteligência
chinesa, por meio de suas próprias investigações, agora está totalmente segura
da vasta popularidade de Putin em toda a Rússia e até mesmo dentro das elites
políticas do país. Isso significa que conspirações do tipo mudança de regime
estão fora de questão. Isso foi fundamental para a decisão de Xi e Zhongnanhai
(quartel-general central da China para funcionários do partido e do Estado) de
“apostar” em Putin como um parceiro de confiança nos próximos anos,
considerando que ele pode concorrer e vencer as próximas eleições
presidenciais. A China é sempre sobre continuidade.
Assim, a cúpula de Xi-Putin selou definitivamente a
China-Rússia como parceiros estratégicos abrangentes para o longo prazo,
comprometidos em desenvolver uma competição geopolítica e geoeconômica séria
com as hegemonias ocidentais em declínio.
Este é o novo mundo nascido em Moscou esta semana.
Putin a definiu anteriormente como uma nova política anticolonial. Agora está
disposto como uma colcha de retalhos multipolar. Não há como voltar atrás na
demolição dos restos da Pax Americana.
'Mudanças que não aconteciam há 100 anos'
Em Before European Hegemony: The World System
1250-1350 AD, Janet Abu-Lughod construiu uma narrativa cuidadosamente
construída mostrando a ordem multipolar prevalecente quando o Ocidente “ficou
atrás do 'Oriente'”. Orient 'estava temporariamente em desordem.
Podemos estar testemunhando uma mudança histórica
semelhante em formação, atravessada por um renascimento do confucionismo
(respeito pela autoridade, ênfase na harmonia social), o equilíbrio inerente ao
Tao e o poder espiritual da Ortodoxia Oriental. Esta é, de fato, uma luta civilizacional.
Moscou, finalmente dando as boas-vindas aos
primeiros dias ensolarados da primavera, forneceu esta semana uma ilustração
maior do que a vida de “semanas em que as décadas acontecem” em comparação com
“décadas em que nada acontece”.
Os dois presidentes se despedem de maneira
comovente.
Xi: “Agora, há mudanças que não aconteciam há 100
anos. Quando estamos juntos, impulsionamos essas mudanças. ”
Putin: “Eu concordo. ”
Xi: “Cuide-se, querido amigo. ”
Putin: “Faça uma boa viagem. ”
Um brinde ao amanhecer de um novo dia, das terras
do Sol Nascente às estepes da Eurásia.
Publicado orginalmente no The Cradle
quarta-feira, 22 de março de 2023
Crise dos bancos americanos
O resgate do governo dos EUA ao Vale do Silício e aos bancos
é um presente de US$ 300 bilhões para oligarcas ricos
O Federal Reserve dos EUA
imprimiu US$ 300 bilhões em uma semana para salvar bancos em colapso e socorrer
os oligarcas do Vale do Silício. 93% dos depósitos do Silicon Valley Bank
não tinham seguro, acima do limite FDIC de $ 250.000, mas o governo ainda os
pagava. 56% dos empréstimos do SVB foram para empresas de capital de risco
e private equity.
Por: Ben Norton
segunda-feira, 13 de março de 2023
DEZ ANOS DA MORTE DE HUGO CHÁVEZ
Há exatos dez anos, o mundo se
despediu de um dos líderes políticos mais controversos da América Latina: Hugo
Chaves. Nascido em Sabaneta, Venezuela, em 28 de julho de 1954, Chaves foi
presidente do seu país por quase 14 anos, até sua morte em 5 de março de 2013.
Ao longo de sua carreira, Chaves causou polêmica com suas posições radicais, principalmente em relação ao capitalismo e aos Estados Unidos. Ele defendia que a riqueza da Venezuela deveria ser redistribuída entre a população e anunciou medidas para reduzir a pobreza no país.
Além disso, Chaves promoveu
programas de saúde e educação para a população venezuelana e criou uma rede de
assistência social que atendia milhões de pessoas. Algumas dessas iniciativas
foram elogiadas por organismos internacionais, mas outras foram criticadas por
especialistas em economia.
Chaves também era conhecido por
sua retórica inflamada e discursos marcantes. Ele se autodefinia como um
socialista do século XXI e afirmava que era necessário criar um novo modelo
político capaz de superar as desigualdades do capitalismo.
A morte de Hugo Chaves deixou um
vácuo político na Venezuela e levou a uma série de conflitos sociais e
políticos. Seu sucessor, Nicolas Maduro, enfrentou resistência tanto dentro
quanto fora do país, e a Venezuela passou a enfrentar uma crise humanitária sem
precedentes.
Hugo Chávez foi presidente da
Venezuela de 1999 até sua morte em 2013 e é amplamente conhecido por seus
esforços para promover a justiça social e a soberania nacional em seu país e em
toda a América Latina. Ele implementou políticas que priorizaram a
redistribuição de renda, a educação e a saúde gratuitas para todos, além de
nacionalizar setores estratégicos da economia, como o petróleo. Seus esforços
foram elogiados por alguns e criticados por outros, e a avaliação de sua
contribuição política é objeto de controvérsia.
Independentemente das opiniões
divergentes sobre o ex-presidente, é inegável que sua trajetória política
deixou uma marca indelével na Venezuela e na América Latina. E, por isso, seu
nome continuará sendo lembrado por muitos anos como uma das figuras mais
emblemáticas da história política recente da região.
O legado de Hugo Chaves
A contribuição do presidente Hugo Chávez na área social na Venezuela.
Sob o governo de Chávez, houve
uma série de programas sociais implementados para ajudar os necessitados,
incluindo:
1. Missões sociais: Chávez lançou
várias missões sociais para fornecer acesso à saúde, educação, emprego e
habitação para as pessoas pobres da Venezuela. Esses programas ofereceram
assistência médica gratuita, bolsas de estudo para crianças de famílias
carentes, vagas em universidades públicas e construção de casas subsidiadas.
2. Aumento do salário mínimo:
Chávez aumentou o salário mínimo várias vezes durante seu mandato, o que ajudou
a melhorar a renda das pessoas mais pobres na Venezuela.
3. Combate à pobreza extrema: O
governo Chávez implementou políticas para combater a pobreza extrema na
Venezuela, incluindo distribuição de alimentos subsidiados, criação de
cooperativas e programas de microcrédito.
4. Reforma agrária: O governo
Chávez implementou uma reforma agrária para ajudar os pequenos agricultores a
possuírem a terra e melhorarem suas condições de vida.
5. Acesso à água e saneamento
básico: O governo Chávez implementou projetos para levar água potável e
saneamento básico para áreas que antes não tinham acesso a esses serviços.
Essas são algumas das principais
contribuições do presidente Hugo Chávez na área social na Venezuela
A contribuição do presidente Hugo Chávez na área econômica na
Venezuela.
1. Nacionalização de empresas: o
governo de Chávez nacionalizou várias empresas estratégicas, incluindo as
indústrias petrolíferas, siderúrgicas e elétricas. As empresas foram colocadas
sob controle estatal para garantir que os recursos naturais do país
beneficiassem a população venezuelana.
2. Programa de distribuição de
alimentos: Chávez criou um programa de distribuição de alimentos subsidiados
conhecido como Mercal. O programa oferecia alimentos básicos a preços
acessíveis às classes mais baixas da sociedade.
3. Aumento dos gastos sociais:
sob o governo de Chávez, o país aumentou significativamente seus gastos sociais
em áreas como saúde, educação e habitação.
4. Redução da pobreza: durante o
mandato de Chávez, a taxa de pobreza no país caiu significativamente, devido a
políticas como a expansão do acesso à educação e programas de assistência
social.
5. Integração regional: Chávez
teve um papel importante na integração econômica regional com outros países da
América Latina, como parte de uma estratégia para promover o desenvolvimento
conjunto na região.
6. Moeda forte: Chávez
implementou políticas para fortalecer a moeda local, o bolívar, para reduzir a
dependência do país em relação ao dólar americano.
Isaias Almeida
Professor aposentado
Pós graduado em Historia do Brasil
BRASIL: DUAS CRISES E SEUS DILEMAS
ATO I A saída defenestrada do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, encerra um capítulo vergonhoso do atual governo Lula. O...
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