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domingo, 11 de dezembro de 2022

OS VENTOS DA MUNDANÇA 2


 

Na década de 1990, com a queda da URSS, os EUA assumem o posto de única superpotência constituindo assim o chamado mundo unipolar sob liderança americana.

Charge publicada no Global Times

Nesse contexto se intensificam as pressões pela abertura da economia mundial. A intensificação da globalização tendo como carro chefe o capital financeiro norte americano produziu resultados curiosos e inesperados como o crescimento vertiginoso da economia da China, da Coreia e outras regiões da Ásia.

Nesse período, a agenda americana para o mundo ainda insistia na liberalização das economias dos demais países e sua abertura à uma maior penetração do capital com vistas a aumentar suas taxar de lucro, privatizando a exploração dos recursos naturais dos países de interesse dos EUA, e mesmo dos serviços públicos: serviços como água, energia, previdência social, correios, saúde e educação.

Ai...aí começam os problemas. Para que a agenda americana fosse implementada era necessário que países em desenvolvimento, portadores de grandes reservas naturais, recursos estratégicos como alguns minérios abraçassem essa agenda. Mas alguns disseram não.

- Rússia. Com o fim da União Soviética, a passou por mal bocados, vista de longe e pela lente do Ocidente, parecia uma pais destroçado, acabadão ou como teria dito Obama “um grande posto de gasolina” nada além disso.

Acontece que a Rússia é um dos 5 maiores países do mundo em extensão, possui reservas imensas de diversos minerais, é um dos maiores produtores de petróleo e gás natural do mundo. Depois da farra dos Harvard boys e do desastroso governo do bêbedo do Yeltsin, a Rússia começa a se recuperar e retoma o posto de grande potência, com um surpreendente desenvolvimento tecnológico, recuperação econômica, aumento de reservas e mesmo a liderança em alguns setores da tecnologia militar, a exemplo dos misseis hipersônicos.   

- China. A China foi a principal beneficiaria do processo de globalização, isso foi ficando evidente nas duas últimas décadas. Além disso a China passou a ser um competidor sérios e várias áreas tecnológicas, liderando várias cadeias de produção industrial e, na fronteira da tecnologia de ponta, iniciando o desenvolvimento da principal indústria que é, hoje, a indústria dos semicondutores

- Índia. A Índia sempre manteve uma política de não se comprometer com a URSS nem com os EUA, segue essa política no novo contexto. Mas as ações/pressões norte americanas para adesão a uma agenda privatista também entra ali uma forte resistência. A Índia vem passando por forte movimento de crescimento econômico há alguns anos.

Diante desse cenário a liderança americana decidiu partir para o ataque. Primeiro retomar o controle sobre a produção de petróleo ou ao menos de amplas reservas de petróleo. É nesse contexto que entendemos os ataques a Síria, Iêmen, Iraque, Afeganistão e Líbia.

Daí que as gerações atuais têm visto e ouvido falar em uma verdadeira sopa de letrinhas e, como este é um foco desse blog, vamos dissecar, nos próximos posts, cada uma delas para vocês

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