A CRISE EUROPEIA II
Pense comigo. De onde vem a riqueza da Europa?
Os caras não produzem diamantes, são péssimos
no ouro, no petróleo, no gás, nas terras raras, e, no entanto, a França é o
sétimo produtor mundial de ouro. De ode vem esse ouro? Cai do céu? São frutos
de doações generosas de outras nações?
Não. Essa posição da França é fruto da
exploração de suas antigas colônias/ neocolônias atuais notadamente situadas na
África. De lá sai ouro e outros minerais valiosos que contribuem para a
aparência, cada vez mais aparecia de riqueza e poder dos europeus.
Veja. Enquanto os impérios coloniais europeus
sugaram a Ásia, África e América Latina, foi possível posar de grande, de
superpotência de “lugar onde o sol nunca se põe“.
No entanto, o desenvolvimento econômico social
político nessas regiões vem alterando significativamente essa situação.
- Em primeiro lugar a Ásia cresceu e apareceu.
Claro a estrela da festa é a China, mas Malásia, Vietnam, Singapura, Indonésia,
Coreia do Sul, Japão e outras régios do continente desenvolveram-se muito
inclusive em termos de tecnologias de ponta.
Não são mais um foco de exploração livre dos países europeus, nem mesmo
dos EUA.
- Em segundo lugar a África vem conhecendo um
movimento de renascimento da construção de um novo sentido da libertação do
jugo colonial. Mesmo com as independências dos anos 50, 60 a estrutura colonial
não se rompeu completamente, esquemas neocoloniais continuam fortemente
enraizados no continente. Até por conta disso, vários países africanos vêm
expulsando a presença física de europeus do continente. Notadamente os países
do Sahel vem expulsando tropas francesas desarticuladas bases militares
francesas e rompendo seus últimos laços de dependência com a França.
Recentemente foi o Senegal que deu prazo até 30 de setembro para a s tropas
francesas deixarem o país.
- Em terceiro lugar a presença europeia na
América Latina e Central foi completamente obliterada pelos Estados Unidos
desde fins do século XIX, processo consolidado no século XX.
- Em quarto lugar o Oriente Médio (Ásia
central para ser correto). No início do século XX era uma festa, petróleo
abundante e barato. Bastava comprar algumas famílias monárquicas árabes e
persas e fazer a festa. Claro aqui e ali era preciso instigar ou alimentar
divergências religiosas sociais o que
fosse para evitar unidade de proposito e desenvolvimento autônomo desses povos,
ao mesmo tempo, perfurar, perfurar poços e encher a pança de petróleo barato.
Com o tempo vem os problemas. Os árabes foram ficando mais “espertos” quanto a
exploração comercialização do petróleo, agruparam-se na OPEP. Para completar os iranianos meteram na cabeça que o petróleo deles era de fato deles. E mais,
meteram na cabeça que deveriam assumir a produção e comercialização do SEU petróleo
(a revolução islâmica no Irã). Daí a solução mágica foi armar o Iraque e
convencê-lo de que era uma muito BOA ideia se meter numa guerra destrutiva
com o Irã.




