A saída defenestrada do ministro
dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, encerra um capítulo vergonhoso do atual
governo Lula. O mundo assistindo a um genocídio ao vivo, 24/7, realizado pelo
Estado bandido, assassino, racista, fascista de Israel, e o ministro de um país,
cujo governo se arvora progressista, expressa sua cumplicidade pela omissão vergonhosa
e injustificada. Bela frase não torna alguém interessante, e o palavreado
versus as ações do ministro, mostram isso. De resto confirma a ideia de que não se deve
julgar o homem pelo que ele diz de si, ou pela imagem que projeta. Se você professa
crença inabalável nos ideais humanistas não pode ter conta si denúncias de assédio
moral contra funcionários e muito menos, de assédio sexual. Assim um balanço
preliminar da atuação do ministro desfaz os mitos que se criaram em torno dele.
Quanto a ministra da Igualdade Racial,
nada fez que justificasse a criação do seu ministério, muito barulho com ações
muito afirmativas como usar avião do governo para vaiar e ironizar torcida
adversária, enquanto a violência contra a população pobre e negra grassa os
estados brasileiros com uma polícia e governos estaduais sancionando a violência
gratuita contra os irmãos.
A condução dos casos envolvendo o
ministro e a ministra mostra a falência do discurso de compromisso com a questão
racial e o combate aos abusos contra as mulheres no governo. Os fatos vieram à
tona agora, mas já eram de conhecimento, segundo tudo o que se pública e não se
desmente, há pelo menos um ano.
Isso quer dizer: zero regras de conduta,
zero prevenção de crise, muito blá blá blá sobre nossas diferenças nessas
questões em relação aos conservadores. Em nossa opinião, todo conservador é um hipócrita,
pelos menos ainda não vimos uma exceção, mas essa crise mostra que também entre
nós, da esquerda, tem muita hipocrisia.
Um julgamento definitivo do
ministro no que se refere a sua conduta pessoal aguarda o esclarecimento dos
fatos, com as devidas apresentações de provas, bem como o esclarecimento sobre
os fatos que deverão ser prestadas pela ministra. Mas, quanto a ação política
dos dois nos ministérios, nada menos do que decepcionante. Faltou ser de
esquerda.
ATO II
Fatos que evidenciaram algumas suposições:
1 – Bolsonaro, com seu habitual
tato político e clareza de pensamento, vociferou: “Arranquem a bateria desse
carro”. Segundo ele, só o grupo dele
estava ali para defender coisas serias, o resto é balburdia, etc etc. O resto, ao qual o inominável se referia eram
Pablo Maçal, seu calo mais novo e/ou o antigo calo, Carla Z.
2 – Pablo Maçal, precisamos falar
de Pablo Maçal. Maçal aparece, estrategicame
nte, no final do ato, na fala do inominável,
onde mais ele poderia chamar a atenção, no meio da massa, acenando, agitando a
galera. Maçal teria tentado subir no palco, mas foi barrado por Mala Vaia e
taxado de oportunista.
3 – Uma hierarquia foi
evidenciada. No palco principal a família e convidados, o resto é segunda divisão.
O que ficou evidente na fala de Carla Z, ao se referir à Dallagnol. Segundo ela,
injustiçado até por quem deveria apoia-lo.
4 – Ricardo Nunes é oficialmente
apoiado por Bolsonaro, pois bem. Nunes simplesmente compôs o palanque principal,
em sua cidade. Não teve fala, nem sequer foi anunciado. Apenas uma vaca no presépio.
Por fim, a extrema direita está abalada com o fenômeno Pablo Maçal e,
claramente cindida. Resta saber como irá
se reagrupar para disputar 2026. No estágio atual, Maçal ameaça por de lado, o
projeto Tarcísio 2026, tal a desenvoltura desse ... “rapaz”.
Em conclusão, de novo ele, Pablo
Maçal. Maçal hoje não só divide aguas em seu campo, mas abala a esquerda. Maçal
desafia a esquerda a ser esquerda, a sair do liberalismo modorrento, sem graça
e sem apelo, no qual se meteu.
A julgar pelas ações do governo
atual nos campos econômico, política externa e política institucional, os
trabalhadores do Brasil precisarão de uma nova esquerda radical. Urge começar
um trabalho de organização da classe trabalhadora no sentido da construção de
uma sociedade socialista. O apelo à Maçal, de parte de nossa juventude,
evidencia um desejo latente por mudanças, quaisquer mudanças que signifique
romper com tudo que está aí.
Isso está evidenciado nas eleições
estaduais na Alemanha, onde a extrema direita e a esquerda um pouquinho só esquerda,
esquerda, foram as duas forças políticas que mais chamaram a atenção das pessoas.
Também na França, onde a França Insubmissa e Le Pen botaram os liberais de
quatro. França, aliás, onde toda a hipocrisia das democracias liberais esta escancarada,
com o golpe de Macron.
Viva Chaves, Viva Bolivar!
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