Rastros de um crime (2021), dirigido por Erin Eldes
Não é um rambo, ou o glamour das
altas esferas da sociedade estadunidense. Pelo contrário, temos aqui um
retrato de como vive atualmente a classe pobre, branca, nos EUA.
A classe média aparece com dificuldades
financeiras expressas na dispensa do limpador de casas e que prestava um serviço
regular na casa do cliente.
Ao dispensar nosso limpador de
casas o cliente, recomenda uma vizinha mais abaixo que talvez precise dos
serviços dele. A Vizinha, uma cantora frustrada contrata nosso limpador para
achar o filho que a havia abandonado. Ela vive só, e sofre de uma doença
terminal, está com os dias contados.
O filme conta com elenco
simples, nada estelar, mas muito competente. É uma história singela, mas
bastante eloquente. Um ótimo filme que faz aquilo que acredito que um filme tem
que fazer: dar o que pensar, levar você a refletir sobre a realidade.
Por um lado, retrata a decência
da classe trabalhadora branca estadunidense, a falta de perspectivas de
pessoas excluídas do processo de produção e consumo. Por outro lado, uma classe
média, se segurando como pode, cortando despesas e em estado terminal.
Se você olhar para a realidade
dos Estados Unidos vai perceber como impactante é esta realidade. A rápida financeirização
da sociedade, esta excluindo camadas cada vez maiores de cidadãos, levando-os a
viver o que Marx, outrora, chamou de lumpemproletariado, um grupamento cada vez mais
à margem da roda da economia, vivendo nas franjas do sistema.
Isaias Almeida
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