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segunda-feira, 6 de março de 2023

MERCOSUL

 


Mercado Comum do Sul (Mercosul; em castelhano: Mercado Común del Sur, Mercosur) é uma organização intergovernamental regional fundada a partir do Tratado de Assunção em 26 de março de 1991. Estabelece uma integração regional, inicialmente econômica, configurada atualmente em uma união aduaneira, na qual há livre-comércio intrazona e política comercial comum entre os países-membros. Situados todos na América do Sul, sendo atualmente quatro membros plenos.

 

As origens do Mercosul estão ligadas às discussões para a constituição de um mercado econômico regional para a América Latina, que remontam ao tratado que estabeleceu a Associação Latino-Americana de Livre-Comércio (ALALC) desde a década de 1960. Esse organismo foi sucedido pela Associação Latino-Americana de Integração (ALADI) na década de 1980. À época, a Argentina e o Brasil fizeram progressos na matéria, assinando a Declaração do Iguaçu (1985), que estabelecia uma comissão bilateral, à qual se seguiram uma série de acordos comerciais no ano seguinte. O Tratado de Integração, Cooperação e Desenvolvimento, assinado entre ambos os países em 1988, fixou como meta o estabelecimento de um mercado comum, ao qual outros países latino-americanos poderiam se unir. Aderiram o Paraguai e o Uruguai ao processo e os quatro países se tornaram signatários do Tratado de Assunção (1991), que estabeleceu o Mercado Comum do Sul, uma aliança comercial visando a dinamizar a economia regional, movimentando entre si mercadorias, pessoas, força de trabalho e capitais.

 

Inicialmente foi estabelecida uma zona de livre-comércio, em que os países signatários não tributariam ou restringiriam as importações um do outro. A partir de 1° de janeiro de 1995, esta zona converteu-se em união aduaneira, na qual todos os signatários poderiam cobrar as mesmas quotas nas importações dos demais países (tarifa externa comum). No ano seguinte, a Bolívia e o Chile adquiriram o estatuto de associados. Outras nações latino-americanas manifestaram interesse em entrar para o grupo. Em 2004, entrou em vigor o Protocolo de Olivos (2002), que criou o Tribunal Arbitral Permanente de Revisão do Mercosul, com sede na cidade de Assunção (Paraguai), por conta da insegurança jurídica no bloco sem a existência de um tribunal permanente. Dentre acordos econômicos firmados entre o Mercosul e outros entes, estão os tratados de livre-comércio (TLC) com Israel assinado no dia 17 de dezembro de 2007 e com o Egito assinado em 2 de agosto de 2010.

Em 23 de maio de 2008 foi assinado o Tratado Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), composta pelos doze Estados da América do Sul e fundada dentro dos ideais de integração sul-americana multissetorial. A organização conjuga as duas uniões aduaneiras regionais: o Mercosul e a Comunidade Andina (CAN). O cargo de Secretário-geral da Unasul fornece à entidade uma liderança política definida no cenário internacional, sendo um primeiro passo para a criação de um órgão burocrático permanente para uma união supranacional, que eventualmente substituirá os órgãos políticos do Mercosul e da CAN.

sábado, 11 de fevereiro de 2023

O BRASIL A BOLÍVIA E O LÍTIO

 


 A OPEP do lítio, acorda Brasil !

 

 

 

A Bolívia passou, recentemente, por um golpe civil militar movido pelas potencias capitalistas do Norte. A Bolívia é um dos estados, senão o estado, mais pobre da América Latina. Qual o interesse em dar um golpe na Bolívia? Resposta elementar, a esquerda assumiu o poder e Tio Sam como sempre não gosta de governos de esquerda. Verdade? Meia verdade

Como venho argumentando o atual estágio do capitalismo nas grandes economias não aceita um não como resposta, de uma forma ou de outra ele vai tentar sempre forçar algum pais reticente a aceitar seus termos.

Além disso há que estudar os manuais publicados por diversas agências dos EUA e seus porta-vozes disfarçados de acadêmicos ou jornalistas para poder perceber a tempo os sinais da ofensiva. Estes escritos invariavelmente ressaltam a necessidade de destroçar a reputação do líder popular, o que no jargão especializado se chama “assassinato de reputação”, qualificando-o como ladrão, corrupto, ditador ou ignorante.

Além de seguir as análises dos principais think tanks dos países capitalistas que delimitam o vasto campo de ações que os governos centrais adotam em relação à periferia do sistema e as ações das ONGs supostamente bem-intencionadas.

Depois vem as famosas “forças de segurança” devidamente treinadas nos EUA que entram em cena para assegurar que os neofascistas atuem livremente intimidando, eliminando até fisicamente seus opositores integrantes do governo, vozes discordantes em geral, quanto mais articulados os golpistas melhor porque aí a intervenção militar se dá “por omissão”, os neofascistas assumem o poder, os militares fazem caras de paisagem e o golpe está pronto.     

Felizmente, no caso boliviano a população reagiu e retomou o poder via eleições.

 

Assim chegamos a outra motivação, intimamente ligada a primeira e central para a ocorrência do golpe, o controle da maior reserva mundial de lítio.

Carros, placas solares, centrais eólicas, smartphones tudo leva lítio, daí já viu, controle das reservas de lítio, onde estão as reservas de lítio? Número 1   triângulo do lítio, localização América Latina, países Bolívia Argentina Chile, depois Brasil. Do total das reservas conhecidas de lítio 68% estão na região. Dados do USGS.

Tudo poderia ser resolvido pacificamente, se os capitalistas norte americanos e europeus sentassem à mesa com os países latino americanos e negociassem uma forma dessa riqueza gerar desenvolvimento na região, desse um efetivo retorno à população dos países.

Mas não, as propostas foram no velho estilo do petróleo, a gente suga tudo paga uma bagatela para o governo, alguns capitalistas locais levam alguns trocados nós levamos o lítio. Esse tipo de proposta foi feito em diversas tentativas a Evo Morales.

Só que Evo se revelou um cara teimoso, ele disse nas repetidas vezes, o lítio boliviano tem que servir para o desenvolvimento da Bolívia, ora, isso, no receituário neoliberal, é uma heresia.

Daí o golpe de estado, porque, ao contrário de muitos nacionalistas europeus, os nacionalistas latino americanos são entreguistas, logo seria fácil para os neoliberais botarem as mãos nas reservas de lítio da região.

Felizmente, como as coisas estão mudando, os chineses acenaram com uma proposta, em acordos já fechados com a Bolívia que aponta em outra direção.

Pelo acordo chinês a Bolívia vai realizar o projeto de Evo, explorar suas reservas, controlar o processamento e a transformação com a montagem de uma fábrica de baterias. Assim a Bolívia criará uma empresa nacional que vai, em parceria com os chineses, explorar o recurso. Na formula ganha-ganha dos chineses há uma perspectiva mais decente para os bolivianos.

Me demorei no caso da Bolívia para salientar que a América Latina tem uma oportunidade fantástica de desenvolvimento se tratar seus recursos naturais no quadro do exemplo boliviano.

O Brasil tem a quinta reserva de lítio do mundo, esperamos que o governo brasileiro tenha capacidade de articular a região para construção de acordos nos moldes do conquistado pela Bolívia.          

  

Isaias Jose de Almeida Neto

Pós-graduado em História do Brasil

Professor aposentado

Blogueiro

         

 

 


 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

EXPLOSÃO DO NORD STREAM 1 E 2 , O FIM DO MISTÉRIO

 O jornalista vencedor do Prêmio Pulitzer, Seymour Hersh, relatou que o governo dos EUA destruiu os oleodutos Nord Stream que forneciam gás russo à Alemanha. A administração Biden aprovou a operação da CIA, que usou explosivos e mergulhadores da Marinha, com a ajuda da Noruega, membro da OTAN.

Leia a íntegra do artigo AQUI

domingo, 5 de fevereiro de 2023

INICIATIVA CINTURÃO E ROTA 3 - O CORERDOR CMREC

 


Corredor China-Mongólia-Rússia  



BEIJING, 24 de jun. (Diário do Povo Online) - O presidente Xi Jinping propôs nesta quinta-feira esforços conjuntos com a Rússia e Mongólia para alcançar resultados frutíferos na construção de um corredor econômico ligando os três países.

As nações também devem reforçar a cooperação em áreas como a interligação de infraestruturas, investimento, capacidade de produção, cultura e proteção do meio ambiente, disse ele.

Xi fez as declarações em uma reunião entre os três líderes, à margem da cúpula da Organização de Cooperação de Shanghai.

O encontro, que foi presidido por Xi e contou com a presença do presidente russo Vladimir Putin e o presidente da Mongólia Tsakhiagiin Elbegdorj, é o terceiro do tipo.

As estratégias de desenvolvimento dos três países – a iniciativa chinesa “Um Cinturão e Uma Rota”, a proposta russa do corredor Euroasiático e a iniciativa da 

Mongólia de construir ligar os países da região - deve ser o foco da cooperação trilateral, disse Xi.

Os três países também devem reforçar a cooperação no âmbito do quadro OCS, disse ele.

Putin, descreveu China e Mongólia como vizinhos amistosos que se relacionam com base na igualdade, respeito e benefício mútuo. Segundo ele, a Rússia quer trabalhar com os dois países e cooperar na construção de infraestruturas, transporte e facilitação aduaneira.

A Rússia está disposta a avançar no processo de formação de um corpo econômica regional com a China e a Mongólia e melhorar os intercâmbios de pessoas, disse Putin.

Elbegdorj elogiou a proposta de construção do corredor econômico Mongólia-China-Rússia, acrescentando que a Mongólia quer reforçar a cooperação na área de infraestrutura e assuntos econômicos ao longo da fronteira.

Ulan Bator unirá esforços com Beijing e Moscou para cooperar nas páreas da agricultura e prevenção de desastres naturais, disse ele.

O GOVERNO LULA E O ARAME LISO

 

 

Caminhos tortuosos esperam o governo lula

 

 

Sim os caminhos que o governo tem a frente são cheios de tortuosidades, armadinhas, sinucas de bico. Dai os riscos do comportamento arame liso.

A expressão, eu ouvi pela primeira vez no Linha de Passe, da ESPN Brasil, à época com Mauro Cezar. O Mauro usava a expressão para se referir ao Flamengo, ante da era Jesus.

Trata-se do time que tem boa iniciativa, cutuca o adversário constantemente, mas não liquida a partida e acaba perdendo ou empatando.

Posso estar totalmente enganado, mas acho que em duas frente importante, o governo Lula está sendo arame liso.

Primeiro a frente militar. O governo vai deixando passar a oportunidade de enquadrar em definitivo os militares, instituir por que caminhos vai providenciar uma investigação séria da participação dos milicos nas ações golpistas. O tempo ta passando, os militares estão em baixa, a hora é agora. Veremos mais adiante por que isso é importante.

Segundo, o governo precisa agir contra políticos golpistas, todas a armas à disposição tem que ser usada para atacar os políticos que financiaram, participaram, incentivarem, os atos golpistas violentos desde o 12 de dezembro. Ali se abriu uma brecha para atacar esses políticos. Assim como no futebol, o momento de ofensiva deve ser convertido em gol ou você se arisca a levar um gol.

As ações desse senador Do Val mostram que a direita não está na defensiva, pelo contrário, ela continua na ofensiva, pautando a discussão no país. Articulando formas de minar a credibilidade do processo eleitoral,  do próprio governo e das próprias investigações.

É urgente reagir, tem que parar de mimimi, usar toda a estrutura de comunicação para denunciar o descalabro do governo, o sucateamento da área social. Quem quiser que defenda o extermínio dos ianomâmis, que justifique as inações do governo anterior na área social, é esse debate que deve ser colocado, paralelo as medidas de correção, como política de moradia, reestruturação do bolsa família, etc.

O ministério da cultura deve agir rapidamente para recolocar a organização de pé. Consultas previas já devia ser disparada nas diversas regiões. Há muita coisa a ser feita que não depende de dispor de verbas imediatamente, no nível da organização. Cultura não é só a distribuição de verbas.

Ora, dirão alguns, o governo mal começou, o governo está indo bem e está

Mas não basta, tem que fazer mais, tem que atacar a direita enquanto o momento é favorável.

O cenário ali na frente

O que teremos este ano e no próximo? O que temos hoje?

Hoje temos um cenário onde só não saiu um golpe por falta de sustentação externa. Ai vem

O governo de Biden, leitor de teleprompt,  que não tinha outra saída a não ser apoiar o governo Lula, mas é um apoio meia boca, já que o governo estará numa posição diametralmente oposta aos objetivos do Deep State.

A linha Lula envolve reforçar laços regionais e internacionais que favoreçam a industrialização brasileira. Sem se dizer nacionalista, o governo lula é um governo nacionalista, apoiado no conceito de desenvolvimento de uma independência de fato, com aqueles requisitos essenciais de todo país realmente independente:

Autossuficiência/segurança alimentar, desenvolvimento da capacidade de dissuasão, industrialização.

Isso passa pelo estreitamento de relações com o Sul Global, com uma retomada da participação brasileira no BRICS, com nossa inserção no Cinturão e Rota com seus trilhões em investimentos.   

Esses requisitos estão no horizonte do governo Lula e isso é incompatível hoje com as diretrizes do DeepState. O capital rentista norte americano precisa de países com reservas minerais e potencial agrícola como o Brasil, frágeis, manobráveis politicamente, integrados de forma subalterna a lógica rentista. Portanto o atual apoio de Biden deve ser visto com desconfiança até porque os EUA não são amigos de ninguém, como os eventos das últimas três décadas testemunham.

O mundo baseado em regras, é o mundo baseado em regras americanas e, essas regras são claras: estejam conosco ou contra a gente. No último caso, aguente as consequências da diplomacia do dólar/canhão. Diplomacia traduzida em guerra hibrida, sanções econômicas, confisco de bens, revoluções coloridas golpes institucionais, enfim todo o acervo Maidan. Por tudo isso, o atual apoio norte americano é frágil, débil, instável. Enfim, não dá para confiar no Tio Sam.

Mas....vamos supor que Biden seja um bom moço com o Brasil. Nesse ano, meados dele, começa a aquecer a disputa pelo poder formal nos EUA. A extrema direita está bem colocada para esta eleição, apesar das derrotas nas eleições de meio de ano passado.

Um muito possível retorno de Trump reforça muito o bolsonarismo aqui e as condições para um maidan made in Brasil estarão prontas, por isso é preciso atacar agora. Desarticular ao máximo a extrema direita. Se seguir agindo no modo arame liso, poderemos amargar uma grande derrota. 

       

Na cena internacional nossa posição é frágil, difícil acreditar que, no cenário atual haja espaço para essa terceira via que lula professa.

Primeiro a diplomacia americana está sendo muito explicita em relação aos países, ou seja, reduziu seu discurso em termos simples. Você está conosco, podemos contar com você? Se a resposta for uma ambiguidade a ala Lula, a interpretação não assumida publicamente é: precisamos dar um jeito nesse país.

Ou seja, não há espaço para talvez, o deep state tem uma agenda que pressupõe um mundo submisso às internacionais a moda americana.

A postura brasileira em nada agrada ao deep state. Lula tem falado em Segurança alimentar, indústria naval (leia-se forças de dissuasão) controla de nossas fontes energéticas, controle do nosso petróleo, ou seja, tudo que leva a afirmação da soberania do país, tudo que não interessa aos EUA.

 

Por outro lado, uma postura muito vacilante em relação aos principais temas mundiais levará a uma pouca importância do ou a uma redução da importância do Brasil no grande jogo.

Cada vez mais se aprofundam iniciativas como a desdoralização da economia por parte do sul global. Os movimentos dos BRICS por exemplo, China e Rússia e um pouco mais lentamente Índia, estão aumentando suas reservas fora do Dólar, seja em ouro seja em yuan, a moeda chinesa. Os acordos da China com a Arábia Saudita, por exemplo, terão um forte impacto nessa trajetória.

A China dispõe de capital e esse capital chinês seria muito importante para o Brasil, sobretudo se negociarmos melhor nossos acordos.

Corremos o risco ao manter uma postura muito blasé em relação ao que se passa no mundo e perderemos excelentes oportunidades.

É mais um desses momento em que o Brasil tem que responder à pergunta. O que você quer ser, quando você crescer?

 

INICIATIVA CINTURÃO E ROTA

 


Iniciativa Cinturão e Rota (Belt and Road)

 

É uma estratégia de desenvolvimento adotada pelo governo chinês envolvendo desenvolvimento de infraestrutura e investimentos em países da Europa, Ásia e África.

"Cinturão" refere-se às rotas terrestres ou ao Cinturão Econômico da Rota da Seda; enquanto "Rota" refere-se às rotas marítimas, ou à Rota da Seda Marítima do Século 21. Até 2016, a iniciativa era oficialmente conhecida como a iniciativa Um Cinturão, Uma Rota, mas o nome oficial foi alterado porque o governo chinês considerou a ênfase na palavra "um" propensa a erros de interpretação.

O governo chinês chama a iniciativa de "uma tentativa de melhorar a conectividade regional e abraçar um futuro mais brilhante".

Os defensores elogiam o BRI por seu potencial de impulsionar o PIB global, particularmente nos países em desenvolvimento.

A iniciativa foi apresentada pelo secretário-geral do Partido Comunista Chinês (PCC) Xi Jinping em setembro e outubro de 2013 durante visitas ao Cazaquistão e à Indonésia, e posteriormente promovida pelo primeiro-ministro chinês Li Keqiang durante visitas de Estado à Ásia e Europa. A iniciativa recebeu cobertura intensiva da mídia estatal chinesa e, em 2016, tornou-se frequentemente apresentada no Diário do Povo. Hoje é discutida em todo o Sul Global

 

As rotas do projeto


1.0 A nova ponte terrestre da Eurásia, que liga a China Ocidental à Rússia Ocidental;

2.0 Corredor China-Mongólia-Rússia que conecta o norte da China ao leste da Rússia via Mongólia;

3.0 Corredor China-Ásia-Ocidental, que conecta a China Ocidental à Turquia via Ásia Central e Ocidental;

4.0 Corredor Península China-Indochina, que conecta o sul da China a Cingapura via Indochina;

5.0 corredor China-Paquistão, que conecta o sul da China ocidental através do Paquistão às rotas marítimas da Arábia;

6.0 Corredor Bangladesh-China-Índia-Mianmar, que conecta o sul da China à Índia via Bangladesh e Mianmar.        

 

 

 

 

 



sábado, 21 de janeiro de 2023

ASSOCIAÇÃO DE NAÇÕES DO SUDESTE ASIÁTICO - ASEAN

 




A Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) é uma organização intergovernamental regional que compreende dez países do sudeste asiático, que promove a cooperação intergovernamental e facilita a integração econômica, política, de segurança, militar, educacional e sociocultural entre seus membros e outros países da Ásia.

 

A ASEAN também envolve regularmente outros países da região Ásia-Pacífico e além. Principal parceira da Organização de Cooperação de Xangai, a ASEAN mantém uma rede global de alianças e parceiros de diálogo e é considerada por muitos como uma potência global, a união central para cooperação na Ásia-Pacífico e uma organização importante e influente. Ela está envolvida em vários assuntos internacionais e hospeda missões diplomáticas em todo o mundo. O Secretariado da ASEAN está localizado em Jacarta, na Indonésia.

 

Histórico

No dia em que ocorreu a primeira conferência da ASEAN, em Fevereiro de 1976, foi assinado o Tratado de Amizade e Cooperação, onde vinham descritos os princípios a ser seguidos pelas nações aderentes. Entre eles constam o respeito mútuo pela independência, soberania, igualdade, integridade territorial e identidade nacional e o direito de cada nação de se guiar livre de interferência, subversão ou coerção exterior. Ficou também definido nesse tratado que nenhuma nação deve interferir nos assuntos internos dos restantes, que os desentendimentos devem ser resolvidos de forma pacífica, que deve haver uma renúncia ao uso da força e uma efetiva cooperação entre todos.

 

Em 1992, os países participantes decidiram transformá-la em zona de livre-comércio, a ser implantada gradativamente até 2008. Foi fundada originalmente pela Tailândia, Indonésia, Malásia, Singapura e Filipinas.

 

A nível econômico, desde a fundação da ASEAN e através de vários tratados, cresceram bastante as trocas comerciais entre os estados membros. Em 1992 foi criada a uma zona de comércio livre de modo a desenvolver a competitividade da região, que assim passou a funcionar como um bloco unido. O objetivo foi o de promover uma maior produtividade e competitividade. A nível de relações externas, a prioridade da ASEAN é fomentar o contato com os países da região Ásia-Pacífico, mas foram também estabelecidos acordos de cooperação com o Japão, China e Coreia do Sul. Atualmente a organização é patrocinada por 134 empresas multinacionais[9] e tem acordos militares e econômicos com os EUA. Tentou-se realizar um acordo com os EUA sob sigilo para desregulamentar os mercados.

 

Políticas


Além de consultas e consenso, os processos de reuniões e decisão da ASEAN podem ser entendidos mais facilmente em termos das Faixas I e II. A Faixa I refere-se à prática da diplomacia entre os canais do governo. Os participantes se apresentam como representantes de seus respectivos estados e refletem as posições oficiais de seus governos durante as negociações e discussões. Todas as decisões oficiais são feitas na Faixa I. Portanto, "A Faixa I refere-se a processos intergovernamentais". A Faixa II difere ligeiramente da faixa I, envolvendo os grupos da sociedade civil e outros indivíduos com várias ligações que trabalham ao lado de governos. Esta faixa permite aos governos discutir temas polêmicos e testar novas ideias sem fazer declarações oficiais ou compromissos vinculativos, e, quando necessário, recuar nas posições.

 

Apesar de os diálogos da Faixa II serem por vezes citados como exemplos do envolvimento da sociedade civil no processo de tomada de decisão regional por parte dos governos e outros atores da segunda faixa, as ONGs raramente têm acesso a esta faixa, enquanto os participantes da comunidade acadêmica exercem algum tipo de participação. No entanto, estes grupos de reflexão são, na maioria dos casos, muito ligados aos seus respectivos governos, e dependentes de financiamento público para suas atividades acadêmicas e políticas, e muitos que trabalham na Faixa II têm experiência burocrático anterior. As suas recomendações, especialmente na integração econômica, são muitas vezes mais parecidas com as decisões da ASEAN que o resto das posições da sociedade civil.

 

A faixa que atua como um fórum da sociedade civil no sudeste da Ásia é chamada de Faixa III. Os participantes da Faixa III são geralmente grupos da sociedade civil que representam uma determinada ideia ou marca. As redes da Faixa III pretendem representar as comunidades e pessoas que são marginalizadas dos centros de poder político e incapazes de alcançar uma mudança positiva sem assistência externa. Esta faixa tenta influenciar as políticas governamentais indiretamente por lobby, gerando pressão através da mídia. Os atores da terceira faixa também organizam e/ou participam de reuniões, bem como conferências, para obter acesso aos oficiais da Faixa I.

 

Enquanto as reuniões e interações da Faixa II com os atores da Faixa I têm aumentado e intensificado, raramente o resto da sociedade civil tem tido a oportunidade de interagir com a Faixa II. Aqueles com ligações com a Faixa I têm sido ainda mais raros. Olhando para as três faixas, está claro que, até agora, a ASEAN tem sido gerida por oficiais do governo que, na medida em que os assuntos da ASEAN estão em causa, são responsáveis apenas perante seus governos e não o povo. Em uma palestra por ocasião do 38 º aniversário da ASEAN, o histórico presidente indonésio, Dr. Susilo Bambang Yudhoyono admitiu: "Todas as decisões sobre tratados e zonas de livre comércio, declarações e planos de ação, são feitas por chefes de Governo, ministros e altos oficiais. O fato é que entre as massas, há pouco conhecimento, muito menos apreço, das iniciativas de grande porte que a ASEAN está tomando em seu nome".

A exemplo da Comissão Europeia onde ninguém foi eleito. As massas na Europa desconhece as ilustres figuras que tomam decisões em seu nome.  


SCO - TAJIDQUISTÃO

 



O Tajiquistão ou Tadjiquistão (em tajique: Тоҷикистон , Tojikiston; pronunciado: [tɔd͡ʒikɪsˈtɔn]), oficialmente República do Tajiquistão é um país montanhoso encravado na Ásia Central que faz fronteira com o Afeganistão ao sul, com o Uzbequistão ao oeste, Quirguistão ao norte, e a China ao leste. O Tajiquistão também se encontra junto ao Paquistão, mas é separado pelo estreito Corredor de Wakhan. Sua capital é Duxambé, a maior cidade do país.

A maioria da população do Tajiquistão pertence ao grupo étnico tajique, que partilha sua cultura e história com o Afeganistão e falam persa (oficialmente denominado como idioma tajique ou idioma tajiquistanês). Uma vez parte do Império Samânida, o Tajiquistão tornou-se uma república constituinte da União Soviética durante o século XX, conhecida como a República Socialista Soviética Tajique (RSS Tajique). 90% do seu território é coberto por montanhas.

Após sua independência, o Tajiquistão sofreu uma devastadora guerra civil, que durou de 1992 a 1997. Desde o fim da guerra, a recém-criada estabilidade política e ajuda externa permitiu à economia do país crescer. O comércio de commodities, como o algodão e o fio de alumínio, contribuíram largamente para este aprimoramento constante. No Tajiquistão cerca de 20% da população vive com menos de US$ 1,25 por dia.

Etimologia

Tajiquistão significa a "Terra dos Tajiques". Alguns acreditam que o nome Tajique é uma referência geográfica para a coroa (taj) da Cordilheira Pamir, mas esta é uma etimologia popular. A palavra tajique foi utilizada para diferenciar os tajiques dos turcos na Ásia Central, começando no início do século X. A adição do 'que' pode ter sido feita para efeito de eufonia na frase Turk-o Tajik ("Turcos e Tajiques") a qual nas histórias da língua persa é encontrado como uma expressão idiomática que significa "todos".

O Tajiquistão aparece frequentemente grafado como Tadjiquistão ou, em inglês, Tadzhikistan, transliterado do russo Таджикистан (em russo, o fonema /d​͡ʒ/ é representado como дж, i.e., dzh ou dj.) Tadzhikistan é a grafia alternativa mais comum e é largamente utilizada na literatura inglesa, derivada de fontes russas. Tadjikistan é a grafia em francês e é frequentemente encontrada em textos de língua portuguesa.

Controvérsias cercam o termo correto utilizado para identificar pessoas do Tajiquistão. A palavra tajique tem sido o termo tradicional utilizado para descrever pessoas do Tajiquistão e aparece amplamente na literatura. Porém, a política étnica da Ásia Central, fez da palavra tajique uma palavra controversa, já que implica que o Tajiquistão é uma nação só para a etnia tajique e não para os uzbeques, russos, etc. Da mesma forma, certas pessoas da etnia tajique vivem em outros países, como a China, o Uzbequistão e o Afeganistão, tornando o termo ambíguo. Além disso, elementos da população Pamiri, que vivem na região Gorno-Badaquexão, têm, por vezes, procurado criar uma identidade étnica separada da dos TAJIQUES.


quinta-feira, 19 de janeiro de 2023

SCO - CAZAQUISTÃO

 



O Cazaquistão (em cazaque: Қазақстан, translit.: Qazaqstan, pronunciado: [qɑzɑqˈstɑn]; em russo: Казахстан, translit.: Kazakhstan, pronunciado: [kəzɐxˈstan]), oficialmente República do Cazaquistão, é um país transcontinental, localizado na Ásia Central, com uma pequena parte a oeste do rio Ural na Europa. É o maior país sem costa marítima do mundo e o nono maior do planeta; o seu território de 2 724 900 quilômetros quadrados é maior do que a área da Europa Ocidental. O Cazaquistão tem fronteiras com (no sentido horário, a partir do norte) Rússia, China, Quirguistão, Uzbequistão e Turcomenistão, e, ainda, detém uma grande parte litorânea do mar Cáspio. O terreno do país inclui planícies, estepes, taiga, desfiladeiros de rochas, montanhas, deltas, montanhas cobertas de neve e desertos. Com uma estimativa de 18,7 milhões de habitantes (2020), o Cazaquistão é classificado como o 63º país mais populoso do mundo, embora sua densidade populacional esteja entre as mais baixas, com 6 pessoas por km². A capital cazaque é Astana, depois que foi transferida de Almati, em 1997.

O território do Cazaquistão tem sido historicamente habitado por tribos nômades, esse cenário mudou no século XIII, quando Gengis Khan ocupou o país. Na sequência, aconteceram lutas internas entre os conquistadores, o poder eventualmente voltou para os nômades. Por volta do século XVI, os cazaques surgiram como um grupo étnico distinto, dividido em três jüz (ramos ancestrais que ocupam territórios específicos). Os russos começaram a avançar para as estepes cazaques no século XVIII e, em meados do século XIX, todo território nacional fazia parte do Império Russo. Após a Revolução Russa de 1917 e a subsequente guerra civil, o Cazaquistão foi reorganizado diversas vezes antes de tornar-se a República Socialista Soviética Cazaque em 1936, parte integrante da União Soviética.

O país foi a última das repúblicas soviéticas a declarar sua independência após a dissolução da União Soviética, em 1991; o presidente era Nursultan Nazarbayev, que foi líder nacional desde que o país era uma república soviética, mas renunciou em março de 2019, devido a diversas manifestações que demonstravam o descontentamento da população contra seu governo. Atualmente, o presidente é o Kassym-Jomart Tokayev, eleito com mais de 70% dos votos dos quase 12 milhões de eleitores cazaquistaneses. O governo pratica uma política externa equilibrada e trabalha para desenvolver a sua economia, especialmente a sua indústria de hidrocarbonetos.

O Cazaquistão é povoado por 100 etnias, entre cazaques (que compõem 68,5% da população), russos, uzbeques, ucranianos, alemães, tártaros e uigures. O islamismo é a religião de cerca de 75% da população, enquanto o cristianismo é praticado por 21% dos habitantes; o país permite a liberdade de religião. O idioma cazaque é a língua oficial, enquanto o russo tem um estatuto oficial igual para todos os níveis administrativos e institucionais

SCO - PAQUISTÃO

 


Paquistão [ˈpaːkɪstaːn]), oficialmente a República Islâmica do é um país do sul da Ásia. É o quinto país mais populoso do mundo, com uma população de quase 243 milhões de pessoas, e tem a segunda maior população muçulmana do mundo, atrás apenas da Indonésia. O Paquistão é o 33º maior país do mundo em área e o 2º maior no sul da Ásia, abrangendo 881.913 quilômetros quadrados (340.509 milhas quadradas). Tem um litoral de 1.046 quilômetros (650 milhas) ao longo do Mar da Arábia e do Golfo de Omã no sul, e faz fronteira com a Índia a leste, o Afeganistão a oeste, o Irã a sudoeste e a China a nordeste. Está estreitamente separado do Tadjiquistão pelo Corredor Wakhan do Afeganistão, no norte, e também compartilha uma fronteira marítima com Omã. Islamabad é a capital do país, enquanto Karachi é sua maior cidade e centro financeiro.

 

O Paquistão é o local de várias culturas antigas, incluindo o sítio neolítico de 8.500 anos de Mehrgarh no Baluchistão, a civilização do Vale do Indo da Idade do Bronze, a mais extensa das civilizações da Afro-Eurásia, e a antiga civilização de Gandhara.  A região que compreende o estado moderno do Paquistão era o reino de vários impérios e dinastias, incluindo o Aquemênida; brevemente o de Alexandre, o Grande; o selêucida, o Maurya, o Kushan, o Gupta; o Califado Omíada em suas regiões do sul, os hindus Shahis , os Ghaznavids , o Sultanato de Delhi, os Mughals, os Durranis , o Império Omani , o Império Sikh , o governo da Companhia Britânica das Índias Orientais e, mais recentemente, o Império Indiano Britânico de 1858 a 1947.

 

Estimulado pelo Movimento do Paquistão, que buscou uma pátria para os muçulmanos da Índia britânica, e vitórias eleitorais em 1946 pela All-India Muslim League , o Paquistão conquistou a independência em 1947 após a partição do Império Indiano Britânico , que concedeu um estado separado a seu regiões de maioria muçulmana e foi acompanhada por uma migração em massa sem paralelo e perda de vidas. Inicialmente um domínio da Comunidade Britânica, o Paquistão elaborou oficialmente sua constituição em 1956 e emergiu como uma república islâmica declarada. Em 1971, o enclave do Paquistão Oriental separou-se como o novo país de Bangladesh após uma guerra civil de nove meses. Nas quatro décadas seguintes, o Paquistão foi governado por governos cujas descrições, embora complexas, comumente alternavam entre civis e militares, democráticos e autoritários, relativamente seculares e islâmicos.  O Paquistão elegeu um governo civil em 2008 e, em 2010, adotou um sistema parlamentar com eleições periódicas.

O Paquistão é uma nação de potência média, e tem a sexta maior força armada permanente do mundo. É um estado declarado com armas nucleares e está classificado entre as economias emergentes e líderes em crescimento, com uma classe média grande e em rápido crescimento. A história política do Paquistão desde a independência foi caracterizada por períodos de crescimento econômico e militar significativo, bem como por períodos de instabilidade política e econômica. É um país etnicamente e linguisticamente diverso, com geografia e vida selvagem. O país continua a enfrentar desafios, incluindo pobreza, analfabetismo, corrupção e terrorismo. O Paquistão é membro das Nações Unidas, da Organização de Cooperação de Xangai, da Organização de Cooperação Islâmica, da Comunidade das Nações, da Associação do Sul da Ásia para a Cooperação Regional e da Coalizão Militar Islâmica Contra o Terrorismo, e é designado como um principal aliado não pertencente à OTAN pelos Estados Unidos.

Na verdade, os EUA insistem em manter a tutela sobre o Paquistão e através da guerra hibrida conseguiu por um governo militar no pais atualmente com a perseguição à oposição liderada por Imran Ahmad Khan Niazi (ex primeiro ministro), uma liderança progressista que busca construir a independência do país e a aproximação com o sul global.    


quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

SCO - ÍNDIA

 


Índia oficialmente denominada República da Índia (em hindi: भारत गणराज्य, Bhārat Gaṇarājya; em inglês: Republic of India), é um país da Ásia Meridional. É o segundo país mais populoso, o sétimo maior em área geográfica e a democracia mais populosa do mundo. Delimitada ao sul pelo Oceano Índico, pelo mar da Arábia a oeste e pelo golfo de Bengala a leste, a Índia tem uma costa com 7 517 km de extensão. O país faz fronteira com Paquistão a oeste; China, Nepal e Butão ao norte e Bangladesh e Mianmar a leste. Os países insulares do Oceano Índico — Sri Lanka e Maldivas — estão localizados bem próximo da Índia.

Lar da Civilização do Vale do Indo, de rotas comerciais históricas e de vastos impérios, o subcontinente indiano é identificado por sua riqueza comercial e cultural de grande parte da sua longa história. Quatro grandes religiões — hinduísmo, budismo, jainismo e siquismo — originaram-se no país, enquanto o zoroastrismo, o judaísmo, o cristianismo e o islamismo chegaram no primeiro milênio d.C. e moldaram a diversidade cultural da região. Anexada gradualmente pela Companhia Britânica das Índias Orientais no início do século XVIII e colonizada pelo Império Britânico a partir de meados do século XIX, a Índia tornou-se uma nação independente em 1947, após uma luta social pela independência que foi marcada pela extensão da resistência não violenta.

A Índia é uma república composta por 28 estados e sete territórios da união, com um sistema de democracia parlamentar. O país é a sexta maior economia do mundo em Produto Interno Bruto (PIB) nominal, bem como a terceira maior do mundo em PIB medido em Paridade de Poder de Compra. As reformas econômicas feitas desde 1991 transformaram o país em uma das economias de mais rápido crescimento do mundo; no entanto, a Índia ainda sofre com altos níveis de pobreza, analfabetismo, violência de género, doenças e desnutrição. Uma sociedade pluralista, multilíngue e multiétnica, a Índia também é o lar de uma grande diversidade de animais selvagens e de habitats protegidos. A Índia passou do 140.º para o 177.º lugar entre 2016 e 2018 no Índice de Desempenho Ambiental compilado por pesquisadores das Universidades de Yale e Columbia. Em particular, o estudo destaca a "alarmante" deterioração da qualidade do ar.

Mas grandes projetos e o avanço do desenvolvimento indiano contribuem para a expectativa de dias melhores para a população indiana  



SCO - CHINA

 



A República Popular da China (RPC; chinês simplificado: 华人民共和国; chinês tradicional: 中華人民共和國; pinyin: Loudspeaker.svg? Também conhecida simplesmente como China, é o maior país da Ásia Oriental e o mais populoso do mundo, com mais de 1,38 bilhão de habitantes, quase um quinto da população da Terra. É uma república popular socialista unipartidária. Na constituição, descreve-se como um sistema multipartidário de cooperação e consulta política sob a liderança do Partido Comunista da Chinae como uma "ditadura democrática popular liderada pela classe trabalhadora e baseada na aliança de trabalhadores e camponeses". Tem jurisdição sobre vinte e duas províncias, cinco regiões autônomas (Xinjiang, Mongólia Interior, Tibete, Ningxia e Quancim), quatro municípios (Pequim, Tianjin, Xangai e Xunquim) e duas Regiões Administrativas Especiais com relativa autonomia (Hong Kong e Macau). A capital da RPC é Pequim.

 


Com aproximadamente 9,6 milhões de quilômetros quadrados, a República Popular da China é o terceiro (ou quarto) maior país do mundo em área total e o terceiro maior em área terrestre. Sua paisagem é variada, com florestas de estepes e desertos (como os de Gobi e de Taclamacã) no norte seco e frio, próximo da Mongólia e da Sibéria (Rússia), e florestas subtropicais no sul úmido e quente, próximo ao Vietnã, Laos e Mianmar. O terreno do país, a oeste, é de alta altitude, com o Himalaia e as montanhas Tian Shan formando fronteiras naturais entre a China, a Índia e a Ásia Central. Em contraste, o litoral leste da China continental é de baixa altitude e tem uma longa faixa costeira de 14 500 quilômetros, delimitada a sudeste pelo Mar da China Meridional e a leste pelo Mar da China Oriental, além dos quais estão Taiwan, Coreia (Norte e Sul) e Japão.

 

A nação tem uma longa história, composta por diversos períodos distintos. A civilização chinesa clássica — uma das mais antigas do mundo — floresceu na bacia fértil do rio Amarelo, na planície norte do país. O sistema político chinês era baseado em monarquias hereditárias, conhecidas como dinastias, que tiveram seu início com a semimitológica Xia (aproximadamente 2 000 a.C.) e terminaram com a queda dos Qing, em 1911. Desde 221 a.C., quando a dinastia Qin começou a conquistar vários reinos para formar um império único, o país expandiu-se, fraturou-se e reformulou-se várias vezes. A República da China, fundada em 1911 após a queda da dinastia Qing, governou o continente chinês até 1949. Em 1945, a república chinesa adquiriu Taiwan do Império do Japão, após o fim da Segunda Guerra Mundial. Na fase de 1946–1949 da Guerra Civil Chinesa, o Partido Comunista derrotou o nacionalista Kuomintang no continente e estabeleceu a República Popular da China, em Pequim, em 1 de outubro de 1949, enquanto o Partido Nacionalista mudou a sede do seu governo para Taipei. Desde então, a jurisdição da República da China está limitada à Taiwan e algumas ilhas periféricas (incluindo Penghu, Quemói e Matsu) e o país recebe reconhecimento diplomático limitado ao redor do mundo.

 

Desde a introdução de reformas econômicas em 1978, a China tornou-se em uma das economias de mais rápido crescimento no mundo, sendo o maior exportador e o terceiro maior importador de mercadorias do planeta. A industrialização reduziu a sua taxa de pobreza de 53% (em 1981) para 8% (em 2001). O país tem sido considerado uma superpotência emergente por vários acadêmicos, analistas econômicos e militares. A importância da China como uma grande potência é refletida através de seu papel como segunda maior economia do mundo (ou segunda maior em poder de compra) e da sua posição como membro permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas e de várias outras organizações multilaterais, incluindo a Organização Mundial do Comércio, Cooperação Econômica Ásia–Pacífico, Grupo dos Vinte, BRICS e da Organização para Cooperação de Xangai. Além disso, o país é reconhecido como uma potência nuclear, além de possuir o maior exército do mundo em número de soldados e o segundo maior orçamento de defesa.


SCO - RÚSSIA

A Federação da Rússia (em russo: Российская Федерация, Rossiiskaia Federatsia, pronúncia russa ou simplesmente chamada de Rússia (em russo: Росси́я, transl. Rossía, pronúncia russa: é um país localizado no norte da Eurásia, com área de 17 075 400 quilômetros quadrados. É o maior país do planeta, cobrindo mais de um nono da superfície terrestre. É também o nono país mais populoso, com 142 milhões de habitantes. Faz fronteira com os seguintes países, de noroeste para sudeste: Noruega, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia (as duas últimas através do enclave de Kaliningrado), Bielorrússia, Ucrânia, Geórgia, Azerbaijão, Cazaquistão, China, Mongólia e Coreia do Norte. Também tem fronteiras marítimas com o Japão, pelo Mar de Okhotsk, e com os Estados Unidos, pelo Estreito de Bering. A região inicia-se com os grupos étnicos eslavos do Leste, que surgiram na Europa entre os séculos III e VIII. Fundada e dirigida por uma classe nobre de guerreiros viquingues e por seus descendentes, o primeiro Estado eslavo, a Rússia de Kiev, surgiu no século IX e adotou o cristianismo ortodoxo do Império Bizantino em 988, iniciando a síntese das culturas bizantina e eslava, o que acabou por definir a cultura russa. O principado finalmente se desintegrou e suas terras foram divididas em vários pequenos Estados feudais. O Estado sucessor de Kiev foi Moscóvia, que serviu como a principal força no processo de reunificação da Rússia e na luta de independência contra a Horda de Ouro mongol. Moscóvia gradualmente reunificou os principados russos e passou a dominar o legado cultural e político da Rússia de Kiev. Por volta do século XVIII, o país teve grande expansão territorial através da conquista, anexação e exploração de vastas áreas, tornando-se o Império Russo, entre 1721 e 1917, que foi o terceiro maior império da história, se estendendo da Polônia, na Europa, até o atual estado estadunidense Alasca, na América do Norte. O país estabeleceu poder e influência em todo o mundo desde os tempos do império até se tornar a maior e principal república constituinte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), entre 1922 e 1991, o primeiro e maior Estado socialista constitucional, reconhecido como uma superpotência e que desempenhou um papel decisivo para a vitória aliada na Segunda Guerra Mundial. A Federação da Rússia foi criada na sequência da dissolução da União Soviética, em 1991, mas é reconhecida como o Estado sucessor da URSS. O país é a décima segunda maior economia do mundo por PIB nominal e a sexta maior economia do mundo em paridade do poder de compra e com o quinto maior orçamento militar nominal. É um dos cinco Estados reconhecidos com armas nucleares do mundo, além de possuir o maior arsenal de armas de destruição em massa do planeta. A Rússia é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, membro do BRICS, G20, Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), Organização para Cooperação de Xangai (OCX), EurAsEC, além de ser um destacado membro da Comunidade dos Estados Independentes (CEI). O povo russo pode se orgulhar de uma longa tradição de excelência em todos os aspectos das artes e das ciências, bem como uma forte tradição em tecnologia, incluindo importantes realizações como o primeiro voo espacial humano.

domingo, 15 de janeiro de 2023

ORGANIZAÇÃO PARA A COOPERAÇÃO DE XANGAI

 

                                                                                                        Arte: mundomultipolar

Ai esta a SCO - Organização para a cooperação de Xangai. Procurei deixar claro no mapa , para nossos leitores que tenham alguma dificuldade com a localização dos países da organização.

Também é importante dar uma olhada nos objetivos. É característico das novas organizações que elas não nascem por oposição ou para se opor a outras. Seu foco esta na cooperação entre os membros em a pretensão de se envolver nas questões internas dos outros.       

Outro item importante , nesse quadro que montamos , diz respeito aos membros da organização. Eles começaram com seis membros China, Rússia, Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão, Tadjiquistão, mais tarde ampliou-se para incorporar a Índia e o Paquistão. Mas o processo é dinâmico. Existem hoje vários países observadores, outro tanto de convidados, e assim logo logo teremos uma nova ampliação da Organização.    

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

MUTIPLICANDO OS ORGANISMOS

 



Eu construí essa tabela para que tenhamos uma visão de conjunto das principais organizações digamos "de novo tipo", criadas sem a chancela dos EUA . Não quer dizer que essas organizações sejam de embate , confronto , desafio aos atlanticistas. Mas sim, elas afirmam o desejo de seus membros de trilharem um caminho de desenvolvimento nacional, independente, sem subordinação de seus interesses e recursos a nenhuma potência.  

Nos próximos posts vou falar de cada uma delas. Já comecei com a SCO e com os BRICS , mas tem muito mais a dizer sobre essas e as demais que aparecem na tabela e que considero das mais relevantes. 

Temos muito a conversar sobre os projetos, acordos e iniciativas de blocos e/ou integrante desses "blocos". 


                                                Tabela 01 . Organizações do mundo multipolar e sua composição
                                                                                                           Tabela 01 continuação


sábado, 7 de janeiro de 2023

BRICS

 

BRICS, a sigla:  Brasil, Rússia, Índia China, África do Sul. Isso porque, no inglês é South Africa

Os BRICS orginalmente eram BRIC, Brasil Rússia Índia e China. Em 2001 a expressão foi criada para identificar economias emergentes que começavam a atuar conjuntamente ainda que informalmente.

Em 2011, na III Cúpula, a África do Sul passa a integrar o grupo que passou a se chamar BRICS, aos poucos, os BRICS vêm atuando cada vez mais integrados e formatando estruturas formais de cooperação como o banco dos BRICS, o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB).

Abaixo as cúpulas dos BRICS até aqui

 

 

Cúpula

Participantes

Data

País anfitrião

Líder anfitrião

Localização

1.ª Cúpula do BRIC

BRIC

16 junho de 2009

 Rússia

Dmitry Medvedev

Ecaterimburgo

2.ª Cúpula do BRIC

BRIC

15 de abril de 2010

 Brasil

Luiz Inácio Lula da Silva

Brasília

3.ª Cúpula do BRICS

BRICS

14 de abril de 2011

 China

Hu Jintao

Sanya

4.ª Cúpula do BRICS

BRICS

29 de março de 2012

 Índia

Manmohan Singh

Nova Déli

5.ª Cúpula do BRICS

BRICS

26 de março de 2013

 África do Sul

Jacob Zuma

Durban

6.ª Cúpula do BRICS

BRICS

15 de julho de 2014

 Brasil

Dilma Rousseff

Fortaleza

7.ª Cúpula do BRICS

BRICS

9 de julho de 2015

 Rússia

Vladimir Putin

Ufa

8.ª Cúpula do BRICS

BRICS

16 de outubro de 2016

 Índia

Narendra Modi

Goa

9.ª Cúpula do BRICS

BRICS

5 de setembro de 2017

 China

Xi Jinping

Xiamen

10.ª Cúpula do BRICS

BRICS

26 de julho de 2018

 África do Sul

Cyril Ramaphosa

Joanesburgo

11.ª Cúpula do BRICS

BRICS

13 a 14 de novembro de 2019

 Brasil

Jair Bolsonaro

Brasília

12.ª Cúpula do BRICS

BRICS

17 de novembro de 2020

 Rússia

Vladimir Putin

São Petesburgo

13.ª Cúpula do BRICS

BRICS

09 de Setembro de 2021

 India

Narendra Modi

Nova Delhi

14.ª Cúpula do BRICS

BRICS

23 e 24 de junho de 2022

Brasil

Jair Bolsonaro

virtual

Tabela fonte: WIKIPEDIA. Acrescentei a informação sobre a 14ª Cúpula

 

FILME: RASTROS DE UM CRIME

  Rastros de um crime (2021), dirigido por Erin Eldes     Não é um rambo, ou o glamour das altas esferas da sociedade estadunidense. P...