Na
década de 1990, com a queda da URSS, os EUA assumem o posto de única superpotência
constituindo assim o chamado mundo unipolar sob liderança americana.
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Charge publicada no Global Times |
Nesse
contexto se intensificam as pressões pela abertura da economia mundial. A intensificação
da globalização tendo como carro chefe o capital financeiro norte americano produziu resultados curiosos e inesperados como o crescimento vertiginoso da
economia da China, da Coreia e outras regiões da Ásia.
Nesse
período, a agenda americana para o mundo ainda insistia na liberalização das
economias dos demais países e sua abertura à uma maior penetração do capital
com vistas a aumentar suas taxar de lucro, privatizando a exploração dos
recursos naturais dos países de interesse dos EUA, e mesmo dos serviços públicos:
serviços como água, energia, previdência social, correios, saúde e educação.
Ai...aí
começam os problemas. Para que a agenda americana fosse implementada era necessário
que países em desenvolvimento, portadores de grandes reservas naturais,
recursos estratégicos como alguns minérios abraçassem essa agenda. Mas alguns
disseram não.
-
Rússia. Com o fim da União Soviética, a passou por mal bocados, vista de longe
e pela lente do Ocidente, parecia uma pais destroçado, acabadão ou como teria
dito Obama “um grande posto de gasolina” nada além disso.
Acontece
que a Rússia é um dos 5 maiores países do mundo em extensão, possui reservas
imensas de diversos minerais, é um dos maiores produtores de petróleo e gás natural
do mundo. Depois da farra dos Harvard boys e do desastroso governo do bêbedo do
Yeltsin, a Rússia começa a se recuperar e retoma o posto de grande potência,
com um surpreendente desenvolvimento tecnológico, recuperação econômica,
aumento de reservas e mesmo a liderança em alguns setores da tecnologia militar,
a exemplo dos misseis hipersônicos.
-
China. A China foi a principal beneficiaria do processo de globalização, isso
foi ficando evidente nas duas últimas décadas. Além disso a China passou a ser
um competidor sérios e várias áreas tecnológicas, liderando várias cadeias de
produção industrial e, na fronteira da tecnologia de ponta, iniciando o
desenvolvimento da principal indústria que é, hoje, a indústria dos
semicondutores
-
Índia. A Índia sempre manteve uma política de não se comprometer com a URSS nem
com os EUA, segue essa política no novo contexto. Mas as ações/pressões norte
americanas para adesão a uma agenda privatista também entra ali uma forte resistência.
A Índia vem passando por forte movimento de crescimento econômico há alguns
anos.
Diante
desse cenário a liderança americana decidiu partir para o ataque. Primeiro
retomar o controle sobre a produção de petróleo ou ao menos de amplas reservas
de petróleo. É nesse contexto que entendemos os ataques a Síria, Iêmen, Iraque, Afeganistão e Líbia.
Daí
que as gerações atuais têm visto e ouvido falar em uma verdadeira sopa de letrinhas
e, como este é um foco desse blog, vamos dissecar, nos próximos posts, cada uma
delas para vocês