Leia o artigo na íntegra aqui
sábado, 17 de dezembro de 2022
G20
G20 (abreviatura para Grupo
dos 20) é um grupo formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos
centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. Foi criado em
1999, após as sucessivas crises financeiras da década de 1990. Visa favorecer a
negociação internacional, integrando o princípio de um diálogo ampliado,
levando em conta o peso econômico crescente de alguns países, que, juntos,
representam 90% do PIB mundial, 80% do comércio mundial (incluindo o comércio
intra-UE) e dois terços da população mundial. O peso econômico e a representatividade
do G-20 conferem-lhe significativa influência sobre a gestão do sistema financeiro
e da economia global.
O G-20 estuda, analisa e
promove a discussão entre os países mais ricos e os emergentes sobre questões
políticas relacionadas com a promoção da estabilidade financeira internacional
e encaminha as questões que estão além das responsabilidades individuais de
qualquer organização.
Com o crescimento da
importância do G-20 a partir da reunião de 2008, em Washington, e diante da crise
econômica mundial, os líderes participantes anunciaram, em 25 de setembro de
2009, que o G-20 seria o novo conselho internacional permanente de cooperação
econômica, eclipsando o G8, constituído até então pelas sete economias mais
industrializadas no mundo e a Rússia.
Ouça nosso podcast sobre o artigo de Pepe Escobar
onde ele questiona o futuro do G20.
sexta-feira, 16 de dezembro de 2022
G7
Bem , já que eu comecei a relembrar aqui as instituições multilaterais ligadas ao grande capital vamos completar com duas organizações bastante em moda ultimamente: O G7 e o G20.
O Grupo dos Sete (G7) é o grupo dos países mais industrializados do mundo, composto por: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, embora a União Europeia também esteja representada. Esses países são as sete economias mais avançadas do mundo, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), os quais representam mais de 64% da riqueza líquida global, equivalente a 263 trilhões de dólares estadunidenses. A grande riqueza líquida nacional e índice de desenvolvimento humano (IDH) extremamente elevado são algumas das principais características dos membros deste grupo. Eles também representam 46% do produto interno bruto (PIB) global avaliado as taxas de câmbio do mercado e 32% da paridade do poder de compra (PPC) global. Em março de 2014, a Rússia foi expulsa do grupo após ter anexado a Crimeia ao seu território, e assim o grupo passou a ter sete integrantes (G7) novamente.
Foi o presidente francês
Valéry Giscard d’Estaing que, em 1975, tomou a iniciativa de reunir os chefes
de Estado ou de governo da Alemanha, dos Estados Unidos, do Japão, da Itália,
do Reino Unido, em Rambouillet, na região de Paris. Foi inicialmente um G6. A
ideia era que esses dirigentes se reunissem sem o acompanhamento de um exército
de conselheiros, para discutir a respeito das questões mundiais (dominadas na
época pela crise do petróleo) com toda a franqueza e sem protocolo, num
ambiente descontraído.
Depois do sucesso da reunião
de cimeira de Rambouillet, essas reuniões passaram a ser anuais e o Canadá foi
admitido como sétimo membro do grupo na cimeira de Porto Rico, em 1976.
Os trabalhos do grupo
evoluíram muito ao longo dos anos, levando em consideração novas necessidades e
eventos políticos. Esse fórum, que, originalmente, girava essencialmente em
torno do ajuste das políticas econômicas de curto prazo entre os países
participantes, adotou uma perspectiva mais geral e mais estrutural, acrescentando
à sua ordem do dia um grande número de questões políticas e sociais,
particularmente na área do desenvolvimento sustentável e da saúde em escala
mundial. O caráter informal do grupo permitiu-lhe evoluir sem deixar de ser
eficiente e adequado às necessidades.
Os dados sobre tamanho econômico do G7 requer uma atualização que faremos posteriormente.
quinta-feira, 15 de dezembro de 2022
NEOFASCIMO, SUBPRODUTO DO NEOLIBERALISMO
Recentemente, estivemos em contato com o pessoal do Brave new Europa , conversamos sobre a colaboração nessa nossa empreitada de entender esse universo de transformações que estamos vivendo. O resultado disso é nosso redirecionamento para alguns artigos fundamentais de colaboradores do BNE como Boaventura e Chomsky.
Recomento muito fortemente a leitura desse artigo em forma de uma entrevista com o Noam Chomsky sobre a emergência do fascismo no mundo atual .
O terreno está bem preparado para o neofascismo preencher o vazio deixado pela guerra de classes forjada pelo neoliberalismo, diz Chomsky
Leia aqui
domingo, 11 de dezembro de 2022
O que é um Think Tank?
Um laboratório de ideias, think tank, gabinete estratégico,
centro de pensamento ou centro de reflexão é uma instituição ou grupo de
especialistas de natureza investigativa e reflexiva cuja função é a reflexão
intelectual sobre assuntos de política social, estratégia política, economia,
assuntos militares, de tecnologia ou de cultura.
De acordo com o escritor
norte-americano Paul Dickson (1972), think tanks podem ser chamados de fábricas
de ideias. Também podem ser traduzidos como círculo de reflexão ou laboratório
de ideias. Think, na língua inglesa, pode ser traduzido como ‘pensar’; já a
palavra tank significa ‘tanque’, ‘reservatório’, por isso o termo think tank
pode ser traduzido como ‘grupo de reflexão’, ‘laboratório/fábrica de ideias’,
como mencionado anteriormente. O “2017 Global Go To Index Report” considera
think tanks como “organizações de análise e compromisso de pesquisa sobre
políticas públicas”.
Inicialmente, a tentativa de
encontrar um significado satisfatório dessa expressão chegou à conclusão que
think tank seria uma associação de indivíduos especializados, formando
instituições e/ou organizações, proporcionando pesquisas e discussões sobre
assuntos políticos, econômicos, estratégicos, englobando também diversos outros
temas, sendo estas pesquisas tanto sobre problemas domésticos quanto
internacionais. Os institutos de pesquisa normalmente são organizações sem fins
lucrativos, mas também podem ser subsidiados por governos, corporações ou
grupos de advocacia. São formados “como instituições permanentes e contínuas,
não servindo como comissões ad hoc”. Os think tanks, dessa forma, estruturam-se
para produzir conhecimento sobre um tempo indeterminado, não sendo formados
para uma situação em especial. Alguns países possuem políticas de incentivo a
essas instituições, como é o caso da isenção de impostos no Imposto sobre o
Rendimento no Canadá, fornecida aos think tanks desde que sejam apartidários,
de acordo com McGann e Weaver (2002). Em 2010, existiam cerca de 6.846 think
tanks ao redor do globo segundo o “2017 Global Go To Index Report” (2018).
Wikipédia
OS VENTOS DA MUNDANÇA 2
Na década de 1990, com a queda da URSS, os EUA assumem o posto de única superpotência constituindo assim o chamado mundo unipolar sob liderança americana.
Charge publicada no Global Times
Nesse
contexto se intensificam as pressões pela abertura da economia mundial. A intensificação
da globalização tendo como carro chefe o capital financeiro norte americano produziu resultados curiosos e inesperados como o crescimento vertiginoso da
economia da China, da Coreia e outras regiões da Ásia.
Nesse
período, a agenda americana para o mundo ainda insistia na liberalização das
economias dos demais países e sua abertura à uma maior penetração do capital
com vistas a aumentar suas taxar de lucro, privatizando a exploração dos
recursos naturais dos países de interesse dos EUA, e mesmo dos serviços públicos:
serviços como água, energia, previdência social, correios, saúde e educação.
Ai...aí
começam os problemas. Para que a agenda americana fosse implementada era necessário
que países em desenvolvimento, portadores de grandes reservas naturais,
recursos estratégicos como alguns minérios abraçassem essa agenda. Mas alguns
disseram não.
-
Rússia. Com o fim da União Soviética, a passou por mal bocados, vista de longe
e pela lente do Ocidente, parecia uma pais destroçado, acabadão ou como teria
dito Obama “um grande posto de gasolina” nada além disso.
Acontece
que a Rússia é um dos 5 maiores países do mundo em extensão, possui reservas
imensas de diversos minerais, é um dos maiores produtores de petróleo e gás natural
do mundo. Depois da farra dos Harvard boys e do desastroso governo do bêbedo do
Yeltsin, a Rússia começa a se recuperar e retoma o posto de grande potência,
com um surpreendente desenvolvimento tecnológico, recuperação econômica,
aumento de reservas e mesmo a liderança em alguns setores da tecnologia militar,
a exemplo dos misseis hipersônicos.
-
China. A China foi a principal beneficiaria do processo de globalização, isso
foi ficando evidente nas duas últimas décadas. Além disso a China passou a ser
um competidor sérios e várias áreas tecnológicas, liderando várias cadeias de
produção industrial e, na fronteira da tecnologia de ponta, iniciando o
desenvolvimento da principal indústria que é, hoje, a indústria dos
semicondutores
-
Índia. A Índia sempre manteve uma política de não se comprometer com a URSS nem
com os EUA, segue essa política no novo contexto. Mas as ações/pressões norte
americanas para adesão a uma agenda privatista também entra ali uma forte resistência.
A Índia vem passando por forte movimento de crescimento econômico há alguns
anos.
Diante
desse cenário a liderança americana decidiu partir para o ataque. Primeiro
retomar o controle sobre a produção de petróleo ou ao menos de amplas reservas
de petróleo. É nesse contexto que entendemos os ataques a Síria, Iêmen, Iraque, Afeganistão e Líbia.
Daí
que as gerações atuais têm visto e ouvido falar em uma verdadeira sopa de letrinhas
e, como este é um foco desse blog, vamos dissecar, nos próximos posts, cada uma
delas para vocês
terça-feira, 29 de novembro de 2022
OS VENTOS DA MUDANÇA
Charge publicada no Global Times |
Como vimos nos posts anteriores,
o mundo capitalista estava assim confortavelmente instalado. O outro lado,
existia um outro lado, a União Soviética, estava devidamente mantida longe do
mundo Ocidental.
No período entre 1
945 e 1990 se
formaram as principais instituições reguladores das relações internacionais no
bloco capitalista espelhando a supremacia americana tanto militar quanto
política, através da economia.
Em todas as instituições que
falamos até aqui os EUA tem poder de veto e pressão para fazer com que as
regras do comércio e das relações internacionais espelhem sempre os interesses
de Washington.
Daí a retórica atual do governo americano, de respeito as regras internacional. Daí também o problema desse raciocínio não considerar o fato de que boa parte do mundo não se alinhar mais a estas regras que só beneficiam os EUA e as elites ligadas a ele em diversos países. O tal “mundo baseado em regras” não serve mais a muitas nações que vem se resolvendo a traçar um curso próprio de desenvolvimento econômico e prioridades próprias de política interna e externa
BRASIL: DUAS CRISES E SEUS DILEMAS
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