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segunda-feira, 10 de abril de 2023

Documentos vazados dos EUA e da OTAN sobre a operação militar da Ucrânia mostram 'séria desunião no Ocidente'

 

O recente vazamento de documentos classificados dos EUA e da OTAN sobre as forças armadas ucranianas e a tão esperada "contraofensiva de primavera" de Kiev expôs que a desunião, desconfiança e divergências entre os EUA, o Ocidente e a Ucrânia são graves e continuam piorando, disseram especialistas chineses. Eles observaram que o incidente prova ainda que Washington é o maior obstáculo para a comunidade internacional promover um cessar-fogo e negociações de paz para a atual crise na Ucrânia.  

 

Segundo a mídia americana, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos abriu uma investigação sobre o vazamento que foi divulgado nas redes sociais nas últimas semanas.

 


A CNN informou no sábado que a investigação ocorre quando novos documentos surgiram na sexta-feira, cobrindo tudo, desde o apoio dos EUA à Ucrânia até informações sobre os principais aliados dos EUA, como Israel, ampliando as consequências do já alarmante vazamento. O Pentágono disse na quinta-feira que estava investigando o assunto depois que surgiram postagens nas redes sociais de documentos aparentemente confidenciais sobre a guerra na Ucrânia.

 

"Eles parecem reais", disse um funcionário dos EUA à CNN sobre os documentos vazados. A CNBC News também informou no sábado que os documentos que apareceram online "provavelmente são reais" e "resultam de um vazamento", mas que alguns dos documentos podem ter sido alterados antes de serem publicados, disse um alto funcionário dos EUA no sábado.

 

Mykhailo Podolyak, assessor do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse em comunicado ao Telegram que o vazamento é uma "operação de informação russa" e não revela os "planos operacionais reais" de Kiev, informou o Financial Times no domingo.

 

Um especialista chinês em segurança internacional e inteligência que pediu anonimato disse ao Global Times no domingo que "o vazamento é improvável causado por agências de inteligência russas, porque isso não faz sentido".

 

Se a Rússia obteve esses documentos classificados, não os publicaria online, porque isso faria com que a Rússia perdesse a fonte ou fontes que forneceram esses documentos, disse ele. Ele observou que não há razão para a Rússia deixar seus inimigos saberem que obteve essa inteligência, porque isso também fará com que seus inimigos mudem de planos, tornando inútil a inteligência militar duramente conquistada.

 


Song Zhongping, especialista militar chinês e comentarista de TV, disse que os documentos vazados expõem "muitas desvantagens e deficiências das forças militares ucranianas. Isso não é absolutamente uma boa notícia para a Ucrânia".

 

O vazamento, cuja fonte permanece desconhecida, revela a avaliação dos EUA sobre um exército ucraniano que está em apuros, informou o New York Times no sábado. O material vazado, do final de fevereiro e início de março, mas encontrado em sites de mídia social nos últimos dias, descreve "escassez crítica de munições de defesa aérea" e discute "os ganhos obtidos pelas tropas russas ao redor da cidade oriental de Bakhmut".

 

O assessor presidencial ucraniano Podolyak disse que os documentos fornecem apenas uma "análise estatística de suprimentos, possíveis planos operacionais e táticos, bem como um grande volume de informações fictícias".

 

Quer o vazamento seja real ou não, eles causaram danos a Kiev. Mesmo que esses documentos contenham informações fictícias, eles prejudicarão o moral dos militares ucranianos e a confiança dos países ocidentais em continuar a apoiar Kiev para vencer a luta contra Moscou. A resposta do oficial ucraniano mostra que Kiev está nervoso, e a investigação dos EUA prova que o incidente é muito grave, disseram especialistas.

 O especialista anônimo citado acima disse que ainda é uma questão quem vazou esses documentos online, mas com base nas reações das partes relevantes, provavelmente foi causado pela desunião dentro dos EUA. "Democratas e republicanos têm divergências de longa data sobre o preço que Washington deveria pagar por apoiar Kiev para lutar contra Moscou. Muitos formuladores de políticas dos EUA estão perdendo a fé em derrotar completamente Moscou, então eles podem querer usar o vazamento para arruinar o plano existente de apoiar a Ucrânia. e diminuir os insumos dos EUA no novo plano", observou.

 

Se o antigo plano de uma "contraofensiva de primavera" não puder ser executado e as contribuições dos EUA diminuírem, isso abalará ainda mais a determinação de outros membros da OTAN na Europa de manter seu apoio, disseram especialistas. Em outras palavras, a desunião, divergência e desconfiança entre os EUA, a Ucrânia e a OTAN foram expostas pelo vazamento e continuarão piorando, observaram. 

 

Song disse que o incidente também prejudicará os laços entre os EUA e seus aliados em todo o mundo. Os países que têm cooperação militar com os EUA ficarão preocupados com o fato de os EUA não conseguirem manter seus segredos e até mesmo espioná-los e vazar seus segredos para a mídia ou online, observou Song.

 

O New York Times informou no sábado que os relatórios de inteligência vazados parecem indicar que "os Estados Unidos também estão espionando os principais líderes militares e políticos da Ucrânia, um reflexo da luta de Washington para obter uma visão clara das estratégias de combate da Ucrânia".

 

“Assim como provou o programa PRISM vazado por Edward Snowden, os EUA estão espionando seus aliados, próximos ou não, e é assim que os EUA mantêm sua hegemonia”, disse Song ao Global Times no domingo. "Mais importante, os EUA duvidam da determinação da Ucrânia em continuar a luta."

 

Washington espera que Kiev e seus aliados da OTAN mantenham o conflito a todo custo e quer um resultado irrealista e caro - uma derrota completa da Rússia. Mas talvez a Ucrânia, depois de ter sofrido uma enorme quantidade de baixas sem progresso significativo no campo de batalha, queira buscar a possibilidade de um cessar-fogo e resolver seus problemas com a Rússia por meio de negociações. É por isso que os EUA estão espionando a Ucrânia, disseram especialistas, acrescentando que isso só prova mais uma vez que Washington é o maior obstáculo para uma solução política e pacífica para a crise. 

 Publicado origninalmente no GlobalTimes

terça-feira, 4 de abril de 2023

RESOLUÇÃO DA ONU CONTRA SANÇÕES

 A ONU aprovou uma resolução condenando sanções ilegais por violarem os direitos humanos.

O curioso no episódio foi a votação , repare,  na tabela abaixo, que de fato Borell* e os EUA têm razão, o jardim esta isolado. Os EUA, maior aplicador de sanções e a Europa que o segue, estão sozinhos na negativa à aprovação da resolução. O Sul Global, leia-se o resto do mundo, esta unido contra eles.

Tabela vindo do twitter de Ben Norton
   

 PS: O tal do Josef Borrell, é o cara que disse que a Europa é um jardim , cercado por uma selva. Ou seja , eles são a lindeza do mundo e o resto do mundo são animais selvagens de quem o jardim tem que se defender. 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

O PAPEL DOS MILITARES NO GOLPE FRACASSADO

O papel dos militares brasileiros na tentativa de golpe

Por Pedro Marin. Jornalista e escritor

 

A turba de extrema-direita que invadiu o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal e vandalizou os prédios na Praça dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro, demandava uma “intervenção militar” no Brasil. Eles haviam montado acampamentos em frente a quartéis do Exército por todo o País desde novembro, pedindo que os militares revertessem a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No dia 11 de novembro de 2022, os comandantes das Forças Armadas soltaram uma nota dando guarida aos acampamentos – não só física, mas também legal. É importante sublinhar dois elementos daquele documento: primeiro, os comandantes declaravam, por meio de uma incoerente interpretação, que os acampamentos golpistas eram legais, porque os manifestantes eram pacíficos, e que “tanto eventuais restrições a direitos, por parte de agentes públicos, quanto eventuais excessos cometidos em manifestações” seriam condenáveis, apesar de ser crime exigir que os militares dêem um golpe de Estado (Artigo 286). Na prática, os comandantes das três forças atuavam ali como intérpretes constitucionais, defendendo a legitimidade democrática dos acampamentos golpistas e dizendo, antecipadamente, que qualquer medida tomada pelas instituições contra os acampamentos seria por eles considerada ilegal.

O segundo elemento da nota é a referência ao conceito de Poder Moderador. Reafirmando seu compromisso com o povo brasileiro, os comandantes diziam que as Forças Armadas estiveram “sempre presentes e moderadoras nos mais importantes momentos de nossa história”. O Poder Moderador foi introduzido na Constituição de 1824, com base nas ideias do francês Benjamin Constant, que vaticinava que para evitar a “anarquia” que havia marcado a separação dos Poderes, seria necessário conceder a um deles (no caso brasileiro, o monarca), um quarto poder, capaz de resolver divergências institucionais.

No dia 2 de janeiro, quando o ministro da Defesa de Lula, José Múcio, declarou que considerava os acampamentos uma “manifestação da democracia”, e que tinha “amigos e parentes” nestes acampamentos, ele só repetia o que as Forças Armadas vinham dizendo desde novembro.

O Brasil tem uma longa história de intervenção militar na política. A república brasileira foi fundada através de um golpe militar em 1889. De lá até 1989, o Brasil experimentou pelo menos 15 tentativas de golpes de estado, das quais cinco foram bem-sucedidas: incluindo uma ditadura militar de 21 anos. Após a queda da ditadura, em 1985, havia entre os brasileiros a expectativa de que o controle civil fosse estabelecido sobre os militares e que prevalecesse entre eles o respeito à democracia. Mas o próprio processo de redemocratização foi controlado pelo governo militar cessante, por meio de uma “abertura política lenta, gradual e segura”, nas palavras do então presidente militar Ernesto Geisel, e a pressão do Exército sobre a Assembleia Constituinte que redigiu a Constituição de 1988 garantiu-lhes o papel de “[garantidores] dos Poderes e defensores da Lei e da Ordem”.

Durante os dois primeiros mandatos de Lula (de 2003 a 2011) como presidente, os militares adotaram uma estratégia de lobby ao lidar com o governo. Desde o impeachment da ex-presidente brasileira Dilma Rousseff em 2016, no entanto, eles parecem ter voltado à linha de frente da política. Começaram a surgir, sem punições, declarações golpistas entre os militares da reserva e da ativa, e até mesmo o então comandante das Forças Armadas, general Eduardo Villâs Boas, afirmou “repudiar a impunidade” em um tuíte quando o STF se preparava para decidir sobre um pedido de habeas corpus impetrado por Lula em 2018. Mais tarde, Villâs Boas descreveria seu tuíte como um “alerta”. O Exército assumiu cargos importantes no governo do ex-presidente Michel Temer e ampliou sua participação política no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, além de ameaçar continuamente o processo eleitoral em 2022.

No dia 8 de janeiro, enquanto os prédios governamentais em Brasília eram vandalizados pela multidão enfurecida, um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi discutido e 2.500 militares foram mobilizados, prontos para responder à escalada da situação. Se tal decreto tivesse sido assinado, as Forças Armadas seriam responsáveis ​​por controlar a segurança da capital federal do Brasil. Lula, ao contrário, decretou uma intervenção federal “na área de segurança do Distrito Federal”, nomeando Ricardo Capelli, secretário-executivo do Ministério da Justiça, para comandá-la. Posteriormente, o presidente declarou que se tivesse feito uma GLO, “então estaria acontecendo o golpe que essa gente queria”.

O envolvimento dos militares nos atos de 8 de janeiro está sendo investigado. Muitos membros da reserva das Forças Armadas participaram dos atos. Também estão sendo investigados os motivos pelos quais o Batalhão da Guarda Presidencial, batalhão do Exército responsável pela segurança do Palácio doPlanalto, não impediu que os manifestantes invadissem a sede do governo.

“Teve muito gente conivente. Teve muita gente da PM conivente. Muita gente das Forças Armadas aqui dentro conivente. Eu estou convencido que a porta do Palácio do Planalto foi aberta para essa gente entrar porque não tem porta quebrada. Ou seja, alguém facilitou a entrada deles aqui”, disse Lula.

Após a instauração da intervenção federal, as forças de segurança, comandadas pelo interventor Ricardo Capelli, reprimiram e prenderam os manifestantes golpistas. O Exército mobilizou veículos blindados para bloquear e impedir que a polícia entrasse no acampamento e prendesse os responsáveis ​​no dia 8 de janeiro. Segundo o Washington Post, o comandante do Exército, general Júlio César de Arruda, disse ao ministro da Justiça, Flávio Dino: “Você não vai prender as pessoas aqui”. A polícia só foi autorizada a entrar no acampamento no dia seguinte.

Este incidente é apenas uma manifestação do que as Forças Armadas vêm dizendo desde novembro de 2022: que se consideram um Poder Moderador e que não permitirão – mesmo após a destruição de 8 de janeiro – que “agentes públicos” pratiquem qualquer ato que considerem uma “restrição de direitos” dos golpistas.

O Exército deu guarida aos golpistas antes e depois de vandalizarem os prédios de Brasília e enquanto pediam uma intervenção do Exército contra o presidente. Ao mesmo tempo, não foi capaz de proteger o palácio presidencial de tal multidão. Isso envia uma mensagem clara sobre quem o Exército estava tentando defender e o que considera sua verdadeira missão.

No Brasil, torna-se cada vez mais urgente que as massas, que gritavam em coro “Sem anistia!” para Bolsonaro durante a posse de Lula em 1º de janeiro de 2023, incluam os militares em sua demanda.

Artigo republicado do portal do qual somos parceiros Globetrotter


sábado, 21 de janeiro de 2023

SCO - TAJIDQUISTÃO

 



O Tajiquistão ou Tadjiquistão (em tajique: Тоҷикистон , Tojikiston; pronunciado: [tɔd͡ʒikɪsˈtɔn]), oficialmente República do Tajiquistão é um país montanhoso encravado na Ásia Central que faz fronteira com o Afeganistão ao sul, com o Uzbequistão ao oeste, Quirguistão ao norte, e a China ao leste. O Tajiquistão também se encontra junto ao Paquistão, mas é separado pelo estreito Corredor de Wakhan. Sua capital é Duxambé, a maior cidade do país.

A maioria da população do Tajiquistão pertence ao grupo étnico tajique, que partilha sua cultura e história com o Afeganistão e falam persa (oficialmente denominado como idioma tajique ou idioma tajiquistanês). Uma vez parte do Império Samânida, o Tajiquistão tornou-se uma república constituinte da União Soviética durante o século XX, conhecida como a República Socialista Soviética Tajique (RSS Tajique). 90% do seu território é coberto por montanhas.

Após sua independência, o Tajiquistão sofreu uma devastadora guerra civil, que durou de 1992 a 1997. Desde o fim da guerra, a recém-criada estabilidade política e ajuda externa permitiu à economia do país crescer. O comércio de commodities, como o algodão e o fio de alumínio, contribuíram largamente para este aprimoramento constante. No Tajiquistão cerca de 20% da população vive com menos de US$ 1,25 por dia.

Etimologia

Tajiquistão significa a "Terra dos Tajiques". Alguns acreditam que o nome Tajique é uma referência geográfica para a coroa (taj) da Cordilheira Pamir, mas esta é uma etimologia popular. A palavra tajique foi utilizada para diferenciar os tajiques dos turcos na Ásia Central, começando no início do século X. A adição do 'que' pode ter sido feita para efeito de eufonia na frase Turk-o Tajik ("Turcos e Tajiques") a qual nas histórias da língua persa é encontrado como uma expressão idiomática que significa "todos".

O Tajiquistão aparece frequentemente grafado como Tadjiquistão ou, em inglês, Tadzhikistan, transliterado do russo Таджикистан (em russo, o fonema /d​͡ʒ/ é representado como дж, i.e., dzh ou dj.) Tadzhikistan é a grafia alternativa mais comum e é largamente utilizada na literatura inglesa, derivada de fontes russas. Tadjikistan é a grafia em francês e é frequentemente encontrada em textos de língua portuguesa.

Controvérsias cercam o termo correto utilizado para identificar pessoas do Tajiquistão. A palavra tajique tem sido o termo tradicional utilizado para descrever pessoas do Tajiquistão e aparece amplamente na literatura. Porém, a política étnica da Ásia Central, fez da palavra tajique uma palavra controversa, já que implica que o Tajiquistão é uma nação só para a etnia tajique e não para os uzbeques, russos, etc. Da mesma forma, certas pessoas da etnia tajique vivem em outros países, como a China, o Uzbequistão e o Afeganistão, tornando o termo ambíguo. Além disso, elementos da população Pamiri, que vivem na região Gorno-Badaquexão, têm, por vezes, procurado criar uma identidade étnica separada da dos TAJIQUES.


sexta-feira, 16 de dezembro de 2022

G7

 Bem , já que eu comecei a relembrar aqui as instituições multilaterais ligadas ao grande capital vamos completar com duas organizações bastante em moda ultimamente: O G7 e o G20.

 O Grupo dos Sete (G7) é o grupo dos países mais industrializados do mundo, composto por: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, embora a União Europeia também esteja representada. Esses países são as sete economias mais avançadas do mundo, de acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), os quais representam mais de 64% da riqueza líquida global, equivalente a 263 trilhões de dólares estadunidenses. A grande riqueza líquida nacional e índice de desenvolvimento humano (IDH) extremamente elevado são algumas das principais características dos membros deste grupo. Eles também representam 46% do produto interno bruto (PIB) global avaliado as taxas de câmbio do mercado e 32% da paridade do poder de compra (PPC) global. Em março de 2014, a Rússia foi expulsa do grupo após ter anexado a Crimeia ao seu território, e assim o grupo passou a ter sete integrantes (G7) novamente.

Foi o presidente francês Valéry Giscard d’Estaing que, em 1975, tomou a iniciativa de reunir os chefes de Estado ou de governo da Alemanha, dos Estados Unidos, do Japão, da Itália, do Reino Unido, em Rambouillet, na região de Paris. Foi inicialmente um G6. A ideia era que esses dirigentes se reunissem sem o acompanhamento de um exército de conselheiros, para discutir a respeito das questões mundiais (dominadas na época pela crise do petróleo) com toda a franqueza e sem protocolo, num ambiente descontraído.

Depois do sucesso da reunião de cimeira de Rambouillet, essas reuniões passaram a ser anuais e o Canadá foi admitido como sétimo membro do grupo na cimeira de Porto Rico, em 1976.

Os trabalhos do grupo evoluíram muito ao longo dos anos, levando em consideração novas necessidades e eventos políticos. Esse fórum, que, originalmente, girava essencialmente em torno do ajuste das políticas econômicas de curto prazo entre os países participantes, adotou uma perspectiva mais geral e mais estrutural, acrescentando à sua ordem do dia um grande número de questões políticas e sociais, particularmente na área do desenvolvimento sustentável e da saúde em escala mundial. O caráter informal do grupo permitiu-lhe evoluir sem deixar de ser eficiente e adequado às necessidades.

Os dados sobre tamanho econômico do G7 requer uma atualização que faremos posteriormente.

domingo, 11 de dezembro de 2022

OS VENTOS DA MUNDANÇA 2


 

Na década de 1990, com a queda da URSS, os EUA assumem o posto de única superpotência constituindo assim o chamado mundo unipolar sob liderança americana.

Charge publicada no Global Times

Nesse contexto se intensificam as pressões pela abertura da economia mundial. A intensificação da globalização tendo como carro chefe o capital financeiro norte americano produziu resultados curiosos e inesperados como o crescimento vertiginoso da economia da China, da Coreia e outras regiões da Ásia.

Nesse período, a agenda americana para o mundo ainda insistia na liberalização das economias dos demais países e sua abertura à uma maior penetração do capital com vistas a aumentar suas taxar de lucro, privatizando a exploração dos recursos naturais dos países de interesse dos EUA, e mesmo dos serviços públicos: serviços como água, energia, previdência social, correios, saúde e educação.

Ai...aí começam os problemas. Para que a agenda americana fosse implementada era necessário que países em desenvolvimento, portadores de grandes reservas naturais, recursos estratégicos como alguns minérios abraçassem essa agenda. Mas alguns disseram não.

- Rússia. Com o fim da União Soviética, a passou por mal bocados, vista de longe e pela lente do Ocidente, parecia uma pais destroçado, acabadão ou como teria dito Obama “um grande posto de gasolina” nada além disso.

Acontece que a Rússia é um dos 5 maiores países do mundo em extensão, possui reservas imensas de diversos minerais, é um dos maiores produtores de petróleo e gás natural do mundo. Depois da farra dos Harvard boys e do desastroso governo do bêbedo do Yeltsin, a Rússia começa a se recuperar e retoma o posto de grande potência, com um surpreendente desenvolvimento tecnológico, recuperação econômica, aumento de reservas e mesmo a liderança em alguns setores da tecnologia militar, a exemplo dos misseis hipersônicos.   

- China. A China foi a principal beneficiaria do processo de globalização, isso foi ficando evidente nas duas últimas décadas. Além disso a China passou a ser um competidor sérios e várias áreas tecnológicas, liderando várias cadeias de produção industrial e, na fronteira da tecnologia de ponta, iniciando o desenvolvimento da principal indústria que é, hoje, a indústria dos semicondutores

- Índia. A Índia sempre manteve uma política de não se comprometer com a URSS nem com os EUA, segue essa política no novo contexto. Mas as ações/pressões norte americanas para adesão a uma agenda privatista também entra ali uma forte resistência. A Índia vem passando por forte movimento de crescimento econômico há alguns anos.

Diante desse cenário a liderança americana decidiu partir para o ataque. Primeiro retomar o controle sobre a produção de petróleo ou ao menos de amplas reservas de petróleo. É nesse contexto que entendemos os ataques a Síria, Iêmen, Iraque, Afeganistão e Líbia.

Daí que as gerações atuais têm visto e ouvido falar em uma verdadeira sopa de letrinhas e, como este é um foco desse blog, vamos dissecar, nos próximos posts, cada uma delas para vocês

BRASIL: DUAS CRISES E SEUS DILEMAS

      ATO I A saída defenestrada do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, encerra um capítulo vergonhoso do atual governo Lula. O...